Ainda sem data para vacinação contra o novo coronavírus no Brasil, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse nesta segunda-feira (14/11) que também está "angustiado" para receber a vacinar o quanto antes, ao falar sobre cautela. "Também estou angustiado. Quero ser vacinado, mas vamos aguardar", afirmou.
Leia Mais
TSE deve deixar julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão para 2021Mourão diz que governo já reconheceu "tacitamente" vitória de BidenMourão diz estar pronto para continuar caso presidente for candidato e o quiserMourão: assessores do presidente procuram distorcer fatos sobre minhas açõesCâmara vota MP da vacina sem exigência do termo de responsabilidadeCOVID-19: pesquisadores vão ao STF contra inclusão de nome em plano vacinal2022 começou 'cedo demais', afirma Mourão"Acho que está precipitado. Mais uma vez, está uma discussão muito polarizada. Não é só a vacina, tem que colocar a seringa, eu tenho que ter pessoal especializado distribuído em todo território. Então, na minha visão, você tem um dia 'D', aí você tem que dizer quanto tempo precisa para colocar esse material todo em condições. (...) Vamos lembrar que as principais agências certificadoras do mundo não deram certificação para nenhuma vacina ainda", afirmou.
CoronaVac
O vice-presidente ainda questionou a aquisição da CoronaVac, que já foi feita pelo estado de São Paulo. "Quem comprou a CoronaVac? Nenhum país comprou, está todo mundo comprando Pfizer ou outras aí. Então, vamos aguardar, né, gente?", pontuou.
O governo de São Paulo, João Doria (PSDB), é adversário do presidente Jair Bolsonaro e a questão da CoronaVac se tornou política e ideológica, por ser produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Diferentemente do que disse Mourão, contudo, dois países adquiriram a CoronaVac, além da própria China: Turquia e Indonésia. "A compra vai indo de acordo com a produção dessas vacinas. Vai se comprar tudo que tiver de ser comprado, não tenha dúvidas. Na minha visão, vai levar um ano vacinando, e já vi estudos de que tem que ser dois anos para poder realmente controlar a doença", afirmou o vice-presidente.