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Estado de Minas RACHADINHAS

STF exige explicações sobre relatório da Abin para ajudar Flávio Bolsonaro

Ministra Cármen Lúcia deu prazo de 24 horas para que ministro do Gabinete de Segurança Institucional e o diretor da Abin falem sobre o documento


14/12/2020 19:55 - atualizado 14/12/2020 20:11

Flávio Bolsonaro teria recebido documentos para facilitar atuação de sua defesa no caso das 'rachadinhas'(foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
Flávio Bolsonaro teria recebido documentos para facilitar atuação de sua defesa no caso das 'rachadinhas' (foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deu 24 horas, nesta segunda-feira (14/12), para que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, expliquem a produção de relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados para embasar um pedido de anulação do caso Fabrício Queiroz.

O caso foi divulgado na última sexta-feira (11/12) pela Revista Época. O periódico informou que a Abin produziu pelo menos dois relatórios de orientação para Flávio Bolsonaro e seus advogados para embasar um pedido de anulação do caso Fabrício Queiroz, sobre as “rachadinhas”. Queiroz foi assessor de Flávio quando o filho de Bolsonaro ocupou uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, Queiroz comandava o esquema conhecido como 'rachadinha' – entrega de parte de salários de assessores para uso particular de parlamentares.

No dia 13 de agosto, os partidos Rede e PSB apresentaram uma ação direta de inconstitucionalidade, na qual define a base das atividades de inteligência, julgado pelo próprio STF. Foi com base nessa decisão que Cármen Lúcia pediu explicações a Heleno e Ramagem. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também pediu para que a atuação da Abin no caso Queiroz fosse limitada.

À Epoca, a Abin garantiu que não produziu nenhum documento, enquanto a defesa de Flávio Bolsonaro afirmou que recebeu relatórios da agência.


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