O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (15/12) que espera colocar em pauta projeto sobre a ampliação do excludente de ilicitude no ano que vem, após a eleição das presidências da Câmara e do Senado. A fala ocorreu durante visita à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em São Paulo, em que aproveitou para parabenizar a Polícia Militar de São Paulo pelos 189 anos.
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Bolsonaro reconhece Joe Biden como presidente eleito dos EUABolsonaro chama Doria de 'rato' e alfineta: 'Calcinha apertada'TPI analisa denúncia contra Bolsonaro por crime contra a humanidadeBolsonaro revela 'acordo' com Congresso para votar 'licença para matar'"Deixo bem claro aos hipócritas, já que com toda certeza todo lugar tem, não é permissão para matar não, é o direto... Vou dar os meios para ele (policial) não morrer", defendeu.
Carandiru
Em seguida, Bolsonaro se referiu, sem citar diretamente o episódio, ao "Massacre do Carandiru", quando, em 2 de outubro de 1992, 111 detentos foram mortos pela Polícia Militar em uma rebelião na antiga Casa de Detenção de São Paulo. "Entre a vida de um policial e mil vagabundos, ou 111 vagabundos, que é um número bastante emblemático, eu fico com aquele policial militar contra 111 vagabundos", declarou.
O Código Penal Brasileiro prevê, desde 1984, a exclusão de ilicitude em três circunstâncias: em estado de necessidade, em casos de legítima defesa e em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. A lei prevê, contudo, punição por excesso e estabelece que em qualquer um dos casos o cidadão poderá responder por excesso doloso ou culposo.
No evento desta tarde, Bolsonaro elogiou a atuação do Coronel da Polícia Militar, Mello Araújo, seu indicado para presidir a Ceagesp. Durante a reinauguração da Torre do Relógio da Companhia, o presidente ressaltou que era preciso ser feito um "trabalho de polícia" no local, já que, segundo ele, "tem muito bandido" lá dentro.