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Estado de Minas ENTREVISTA/ Vereador eleito em BH

"Sou um vereador mais fiscalizador", diz Helinho da Farmácia

No segundo mandato, parlamentar quer apoiar ações sociais e bandeiras ligadas ao Barreiro


16/12/2020 04:00 - atualizado 16/12/2020 07:25

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Hélio Medeiros Correa, o Helinho da Farmácia (PSD), se diz um parlamentar “caladinho”. Após receber 7.554 votos, inicia, em 2021, o segundo mandato como componente da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Morador do Barreiro, crê que a região carecia de representação. Por isso, levanta as bandeiras da localidade.

“Sou um vereador mais fiscalizador, pelo perfil da minha região, que precisava da intervenção da prefeitura e era esquecida”, explica ao Estado de Minas.

Defensor das pessoas com deficiência, também projeta fomentar projetos sociais. A ideia é iniciar o processo justamente pelas escolas do Barreiro.
 
Nos primeiros anos como integrante do Legislativo, Helinho, de 47 anos, vivenciou o processo de cassação de dois colegas: Cláudio Duarte e Wellington Magalhães, por desvios de verbas públicas. Para o pessedista, as punições são uma espécie de recado.

“Os processos vão servir de exemplo para todos. Que pensem duas vezes antes de fazer algo errado”, afirma.
 
Integrante da Bancada Cristã, se coloca favorável a propostas que preservem a “integridade da família”.

Um dos seis colegas de partido do prefeito Alexandre Kalil eleitos para a Câmara, vislumbra articulações entre os correligionários em prol de um trabalho coletivo.

Em 2016, Helinho obteve pouco mais de 5 mil votos. Contente com o aumento, ele explica a “fórmula”: “Vou até o prefeito e levo as pessoas a ele”.

Qual a prioridade de seu segundo mandato?
Minhas bandeiras são projetos sociais e (a defesa das) pessoas com deficiência. Primeiro, acompanhar de perto as demandas que chegam ao Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Os projetos sociais, tenho a intenção de estender alguns na região do Barreiro, com crianças que estudam em escolas municipais, fazendo ações paralelas (às aulas).

E o que seriam essas atividades paralelas?
Por exemplo: um projeto social com futebol para crianças entre 8 e 14 anos, fazendo parcerias com escolas próximas à comunidade. São crianças carentes.

O senhor já tem projetos de lei para apresentar na próxima legislatura?
Ainda não. Tive um projeto, que virou lei, da (proibição do uso em pipas) da linha chilena. Gosto de pensar projetos junto à comunidade, com as demandas.

O partido do senhor terá a maior bancada da Casa. Os vereadores eleitos pelo PSD conversaram sobre estratégias para dar sustentação ao prefeito Kalil?
A primeira coisa é fazer de tudo para unir a bancada do PSD, para que os seis vereadores estejam alinhados e, depois, tentar alinhar com o governo. Cada um tem um perfil. Primeiro, é conhecer o perfil de cada um e ver se dá para trabalharmos juntos, que é o ideal.

Como avalia a atual legislatura? O que pode melhorar para 2021?
Esta legislatura foi difícil, com processos de cassação. Isso nunca tinha acontecido. Tivemos, também, uma mulher presidente da Câmara, o que pode ocorrer de novo (Nely Aquino e Duda Salabert são candidatas). Os processos que tiveram vão servir de exemplo para todos. Que pensem duas vezes antes de fazer algo errado. Não conheço o perfil dos que vêm, mas nunca na história da Casa havia acontecido isso. Foi feita uma “lavagem” na Câmara. Avalio positivamente para os eleitores, passando mais confiabilidade a eles.

Muitos vereadores eleitos entrevistados pelo EM reclamam dos debates acalorados em plenário. O senhor tem um perfil mais calmo, de não participar tanto desses momentos. Como enxerga essa postura de alguns colegas?
Cada um tem seu perfil. O meu é mais ‘caladinho’. Sou um vereador mais fiscalizador, pelo perfil da minha região, que precisava da intervenção da prefeitura e era esquecida. Nem gosto muito de debates. Vou tentar mudar um pouco isso. Temos advogados e professores que defendem suas causas. O debate tem que ser feito mesmo. Não sou muito de falar, mas respeito os que falam.

Qual a sua opinião sobre o Escola sem Partido?
Preservo a integridade da família. Até o momento em que a família é preservada, estou e voto junto. Quando não, sou contra.

O senhor obteve 5.175 votos em 2016; em 2020, foram 7.554. Como explica esse aumento?
Trabalho. Muito trabalho. Pode olhar nas minhas redes sociais: a todo momento, demandas e mais demandas. Vou atrás, vou até o prefeito e levo as pessoas a ele. Nosso bairro era carente disso. Ando na região e estou sempre perto da comunidade. Esse foi o diferencial.



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