Rodrigo Maia (DEM-RJ) começou a reunir no início da tarde de ontem seu grupo de aliados para tentar um consenso sobre quem será seu candidato na disputa pela presidência da Câmara.
O encontro, que ocorreu na residência oficial, reuniu representantes do PSL, MDB, PSDB, DEM, Cidadania e PV. Desde a última semana, Maia vem sendo pressionado pelos seus aliados políticos para apresentar um nome para a campanha.
A leitura é que a indefinição de um candidato vem fortalecendo a campanha de Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão e que conta com o apoio do Palácio do Planalto.
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Maia diz não ter pressa em fechar nome para eleição; decisão pode sair até 6aMaia e Renan defendem suspensão do recesso legislativo no CongressoGrupo de Maia deve definir hoje candidato para disputa da presidência da CâmaraDisputa pela Câmara dos Deputados pode unir DEM e PT, rivais históricosPara Maia, quem estimula hoje uma candidatura de esquerda é o governoA leitura é que a indefinição de um candidato vem fortalecendo a campanha de Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão e que conta com o apoio do Palácio do Planalto.
Como mostrou o Estado de Minas, atualmente, dois deputados disputam a bênção de Rodrigo Maia: Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
A indefinição está sobre qual deles teria capacidade de angariar votos dos partidos da oposição.
Siglas como PSB, PT, PCdoB, PDT e Psol somam mais de 130 parlamentares, e são tidos como “fiéis da balança” para que algum candidato vença a disputa.
A indefinição está sobre qual deles teria capacidade de angariar votos dos partidos da oposição.
Siglas como PSB, PT, PCdoB, PDT e Psol somam mais de 130 parlamentares, e são tidos como “fiéis da balança” para que algum candidato vença a disputa.
Nesta última rodada de negociações, Rodrigo Maia tenta justamente atrair essas bancadas para sua candidatura.
O presidente da Câmara esteve reunido com membros do PT e do PCdoB para mensurar a aceitabilidade dos seus dois possíveis candidatos.
"Buscamos esse campo das oposições para definir o candidato a presidente, mas também para construir um bloco que ultrapasse 257 deputados", afirmou o líder do DEM, Efraim Filho.
O presidente da Câmara esteve reunido com membros do PT e do PCdoB para mensurar a aceitabilidade dos seus dois possíveis candidatos.
"Buscamos esse campo das oposições para definir o candidato a presidente, mas também para construir um bloco que ultrapasse 257 deputados", afirmou o líder do DEM, Efraim Filho.
Maia disse que o nome que vai representar o bloco de partidos que o apoiam para sucedê-lo na Casa deve ser escolhido até sexta-feira.
Ele afirmou ainda que a construção do diálogo com diferentes campos ideológicos leva tempo e que não há pressa nessa decisão.
"A eleição é em fevereiro, não é isso? Como eu disse, não é ruim o presidente estar falando sozinho nesse momento sobre Câmara dos Deputados. Tem nos ajudado um pouco na demonstração do campo em que estamos e o que nós precisamos construir para o futuro da nossa democracia", disse Maia em entrevista coletiva.
Ele afirmou ainda que a construção do diálogo com diferentes campos ideológicos leva tempo e que não há pressa nessa decisão.
"A eleição é em fevereiro, não é isso? Como eu disse, não é ruim o presidente estar falando sozinho nesse momento sobre Câmara dos Deputados. Tem nos ajudado um pouco na demonstração do campo em que estamos e o que nós precisamos construir para o futuro da nossa democracia", disse Maia em entrevista coletiva.
Maia confirmou que o grupo está entre dois nomes, o de Baleia Rossi e o de Aguinaldo Ribeiro. Maia foi questionado sobre as chances de Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos e que deixou o grupo.
"Eu não descarto ninguém, mas hoje dentro do bloco existem esses dois nomes. Nossa decisão foi sempre discutir baseado em nomes que estão dentro do nosso bloco. Desde a semana passada, continuamos conversando com todos. É claro se Marcos Pereira quiser dialogar, estamos abertos", disse.
"Eu não descarto ninguém, mas hoje dentro do bloco existem esses dois nomes. Nossa decisão foi sempre discutir baseado em nomes que estão dentro do nosso bloco. Desde a semana passada, continuamos conversando com todos. É claro se Marcos Pereira quiser dialogar, estamos abertos", disse.
Negociação
Para Maia, a construção de uma candidatura com outros campos políticos sempre gera necessidade de mais diálogo.
“Nós não temos pressa em fechar um nome, se esse atraso representar a possibilidade de atrairmos mais partidos, mais apoio na construção de um campo de defesa da Câmara livre e do fortalecimento da instituição Câmara dos Deputados. Então, esse atraso não me incomoda”, disse.
Maia disse que decisões, quando são coletivas, e não impostas são fruto de “uma construção através do diálogo".
"Estou muito confiante de que a Câmara no dia 2 de fevereiro continuará independente, livre de qualquer interferência de outra instituição e principalmente, livre de uma agenda atrasada, retrógrada, que não vai levar o Brasil a lugar nenhum", afirmou.
"Estou muito confiante de que a Câmara no dia 2 de fevereiro continuará independente, livre de qualquer interferência de outra instituição e principalmente, livre de uma agenda atrasada, retrógrada, que não vai levar o Brasil a lugar nenhum", afirmou.
Em um ataque indireto ao deputado Arthur Lira, Maia afirmou que o governo federal não pode transformar a Câmara no seu “puxadinho”.
“Não vamos abrir mão de jeito nenhum da independência nem de impor limites a um governo que quer atropelar e impor sua posição para a sociedade brasileira e o Parlamento. Veja aí o caso da vacina, que cada dia é uma novidade e uma perplexidade maior da sociedade com esse governo”, disse. (Com agências)
“Não vamos abrir mão de jeito nenhum da independência nem de impor limites a um governo que quer atropelar e impor sua posição para a sociedade brasileira e o Parlamento. Veja aí o caso da vacina, que cada dia é uma novidade e uma perplexidade maior da sociedade com esse governo”, disse. (Com agências)