(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Parlamento

Maia intensifica articulação para fazer sucessor na Câmara

Presidente da Câmara busca apoio de partidos e reúne grupo para definir nome que será indicado para disputar sucessão na Casa.


16/12/2020 04:00 - atualizado 16/12/2020 07:35

Rodrigo Maia (DEM-RJ) lembrou que negociação com várias legendas demanda mais diálogo e que a demora na escolha não o incomoda (foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados - 27/10/20)
Rodrigo Maia (DEM-RJ) lembrou que negociação com várias legendas demanda mais diálogo e que a demora na escolha não o incomoda (foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados - 27/10/20)
Rodrigo Maia (DEM-RJ) começou a reunir no início da tarde de ontem seu grupo de aliados para tentar um consenso sobre quem será seu candidato na disputa pela presidência da Câmara.

O encontro, que ocorreu na residência oficial, reuniu representantes do PSL, MDB, PSDB, DEM, Cidadania e PV. Desde a última semana, Maia vem sendo pressionado pelos seus aliados políticos para apresentar um nome para a campanha.

A leitura é que a indefinição de um candidato vem fortalecendo a campanha de Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão e que conta com o apoio do Palácio do Planalto.

Como mostrou o Estado de Minas, atualmente, dois deputados disputam a bênção de Rodrigo Maia: Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

A indefinição está sobre qual deles teria capacidade de angariar votos dos partidos da oposição.

Siglas como PSB, PT, PCdoB, PDT e Psol somam mais de 130 parlamentares, e são tidos como “fiéis da balança” para que algum candidato vença a disputa.

Nesta última rodada de negociações, Rodrigo Maia tenta justamente atrair essas bancadas para sua candidatura.

O presidente da Câmara esteve reunido com membros do PT e do PCdoB para mensurar a aceitabilidade dos seus dois possíveis candidatos.

"Buscamos esse campo das oposições para definir o candidato a presidente, mas também para construir um bloco que ultrapasse 257 deputados", afirmou o líder do DEM, Efraim Filho.

Maia disse que o nome que vai representar o bloco de partidos que o apoiam para sucedê-lo na Casa deve ser escolhido até sexta-feira.

Ele afirmou ainda que a construção do diálogo com diferentes campos ideológicos leva tempo e que não há pressa nessa decisão.

"A eleição é em fevereiro, não é isso? Como eu disse, não é ruim o presidente estar falando sozinho nesse momento sobre Câmara dos Deputados. Tem nos ajudado um pouco na demonstração do campo em que estamos e o que nós precisamos construir para o futuro da nossa democracia", disse Maia em entrevista coletiva.

Maia confirmou que o grupo está entre dois nomes, o de Baleia Rossi e o de Aguinaldo Ribeiro. Maia foi questionado sobre as chances de Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos e que deixou o grupo.

"Eu não descarto ninguém, mas hoje dentro do bloco existem esses dois nomes. Nossa decisão foi sempre discutir baseado em nomes que estão dentro do nosso bloco. Desde a semana passada, continuamos conversando com todos. É claro se Marcos Pereira quiser dialogar, estamos abertos", disse.

Negociação


Para Maia, a construção de uma candidatura com outros campos políticos sempre gera necessidade de mais diálogo.

“Nós não temos pressa em fechar um nome, se esse atraso representar a possibilidade de atrairmos mais partidos, mais apoio na construção de um campo de defesa da Câmara livre e do fortalecimento da instituição Câmara dos Deputados. Então, esse atraso não me incomoda”, disse.

Maia disse que decisões, quando são coletivas, e não impostas são fruto de “uma construção através do diálogo".

"Estou muito confiante de que a Câmara no dia 2 de fevereiro continuará independente, livre de qualquer interferência de outra instituição e principalmente, livre de uma agenda atrasada, retrógrada, que não vai levar o Brasil a lugar nenhum", afirmou.

Em um ataque indireto ao deputado Arthur Lira, Maia afirmou que o governo federal não pode transformar a Câmara no seu “puxadinho”.

“Não vamos abrir mão de jeito nenhum da independência nem de impor limites a um governo que quer atropelar e impor sua posição para a sociedade brasileira e o Parlamento. Veja aí o caso da vacina, que cada dia é uma novidade e uma perplexidade maior da sociedade com esse governo”, disse. (Com agências)



receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)