O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o governo tem estimulado uma candidatura própria da esquerda, nas últimas horas, com o intuito de enfraquecer uma frente mais ampla, liderada por ele, para derrotar o candidato de Jair Bolsonaro à presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).
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Maia tenta fechar o apoio de partidos da oposição para o candidato a ser lançado pelo seu bloco. A sigla ainda mais resistente é o PT, a maior bancada da Câmara, com 54 deputados.
Para Maia, apesar dessas tentativas, deve se formar uma candidatura em defesa da independência da Câmara. "A impressão que eu tenho é que esse sentimento é majoritário", disse.
"Claro que o governo tá trabalhando, oferecendo emendas e cargos para atrair votos para o candidato dele, não tá escondendo de ninguém isso porque o ministro Secretária de Governo, Luiz Eduardo Ramos está recebendo no gabinete dele. O governo sempre tem força, as vezes dá certo ou não", afirmou.
Maia ressaltou a importância de se dialogar com partidos de diversos espectros políticos para o fechamento dessa frente.
"O espaço desse campo é construir movimento político que de forma clara possa representar toda a sociedade na Câmara", disse.
Bolsonaro
Para Maia, a pauta de costumes é o que sustenta o processo político de Jair Bolsonaro. "Ele não ter a pauta de costumes na Câmara reduz esse ambiente polarizado, que construiu a outra eleição e vai construir a próxima", disse.
"Ele não ter ambiente de debate na Câmara sobre armas, de costumes, sobre aborto, diminui o debate na sociedade sobre a pauta que ele quer construir a eleição dele. Ele não teve esse ambiente na Câmara nós últimos dois anos".