Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

'A política não é meio de vida', diz vereador eleito de BH

Ser eleito em uma primeira disputa com 4.340 votos para o cargo de vereador de Belo Horizonte não é nada mal. Foi esse o caso de Ciro Pereira (PTB), consultor de negócios, cristão e conservador que naturaliza a vida política.





Em entrevista ao Estado de Minas, o futuro parlamentar, de 29 anos, comentou que espera bons resultados da nova legislatura.

“Como teve uma mudança grande, e muitos vereadores não têm histórico político, acho que essa nova composição pode entregar muito, por não ter vícios. São cidadãos comuns que têm mandato. A expectativa é grande de sermos modelo de uma Câmara que renovou e deu certo”.

Fortemente ligado ao segmento evangélico, Ciro Pereira também cuida de um projeto social que “acelera” organizações não-governamentais (ONGs), associações e demais entidades do terceiro setor.

Após um interesse político que surgiu em 2013 e com a união da atuação em igrejas, no projeto social e no meio empresarial, o gestor de negócios se candidatou em 2020 e venceu. Ele diz que ficou surpreso em parte com o resultado positivo.




“Eu não fiquei tão surpreso. Fiquei mais surpreso porque, para uma primeira eleição, é difícil, a maioria acaba perdendo. Todos dizem que a eleição para vereador é a mais complicada, o quociente também é um xadrez político, e eu não venho dessa área e talvez não saiba tanto. Nesse sentido foi surpresa, mas por outro não, pois trabalhei muito”, contou.

O senhor, ainda jovem, chega à Câmara sem experiência política. Como lida com isso?
Sou consultor de negócios. Minha esposa tem uma empresa, é bailarina profissional e tem uma empresa de jazz pilates no Palmares, e é nosso ganha pão. A política não é meio de vida, eu não sou político, estou político, isso vai passar. Se todos pensassem assim, certamente seria melhor. E a população poderia colher isso em próximas eleições.

O senhor pensa em alguma área de atuação especial durante o mandato? Com projetos de lei voltados mais a uma regional, talvez...
Tive voto em quase todas as zonas, porque minha família é conhecida no segmento evangélico, e pela igreja conheço gente da cidade toda. Mas em projetos, vou atacar mais forte em duas frentes: desburocratização e fomento de emprego e renda em BH. Acho que essa é a grande mudança que precisamos. Enquanto empresário, precisávamos tirar algum proveito desse momento adverso, aproveitar as tecnologias, entregar projetos que ajudem a cidade a avançar e lidar com isso. pois quem faz as cidades são as pessoas.





Qual será o perfil do senhor na Câmara?
Sou cirstão conservador, não abro mão de princípios e valores, vou defender a família e minhas grandes atuações são nisso, desburocratização e defesa da família.

Como o senhor vê a nova composição do Legislativo de BH?
Já conversei com alguns, é uma câmara diferente, até pela grande renovação. Se todos trabalharem em prol da cidade, podemos avançar muito e ter algo melhor. É uma Câmara nova e uma oportunidade de entregar algo diferente e sem vícios políticos.

E a expectativa está boa?
Como teve mudança grande, e muitos vereadores não têm histórico político, acho que essa nova composição pode entregar muito, por não ter vícios. São cidadãos comuns que têm mandato. A expectativa é grande de sermos modelo de uma Câmara que renovou e deu certo.





O senhor estreia na vida política. Já pensa em seguir com essa carreira?
É muito cedo para pensar nisso, nem posse tomei. Uma futura reeleição passa pelo trabalho. Na minha vida sempre foi assim, trabalho e depois sucesso, ou pensar em algo mais. É mostrar para a população que o voto foi bem dado. Eu enquanto cidadão, já tive decepções e tive alegrias, temos que mostrar a que viemos. Acho cedo para falar disso.

O senhor se sente preparado para o mandato de vereador mesmo sendo “marinheiro de primeira viagem”?
Já conversei com procuradores. Preciso e estou buscando entender um pouco os procedimentos e entendimentos. Também levei meu futuro chefe de gabinete, advogada, todo apoio que temos para entender. Como qualquer outro projeto que temos procuro estudar, ir a fundo, porque não é brincadeira. O Brasil está carente de boas respostas, de pessoas que vão deixar legado ao futuro. Isso vai passar, mas podemos deixar uma boa marca e é assim que quero ser lembrado.

Qual será sua relação com o Executivo?
Como vou me colocar na Câmara seria independente. O que for bom para a cidade, sem ferir princípios e valores, o prefeito pode contar comigo. Mas o que ferir e eu julgar que não for bom para a cidade eu vou contra mesmo.

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