O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar que não vai tomar uma futura vacina contra a COVID-19. Nesta quinta-feira (17/12), durante solenidade do governo federal em Porto Seguro (BA), ele lembrou que já foi infectado pelo novo coronavírus e que, por isso, teria anticorpos para combater a doença, sendo uma vacina desnecessária para ele.
Por conta dessa postura, Bolsonaro disse que tem recebido críticas e que está dando um mau exemplo para a população. Irritado, o presidente subiu o tom.
“Eu não vou tomar (a vacina). Alguns falam que eu estou dando um péssimo exemplo. Ô imbecil, ô idiota. Eu já tive o vírus e eu já tenho os anticorpos. Para que tomar vacina de novo?”, questionou.
A recusa de Bolsonaro em se imunizar ocorre em meio a casos de reinfecção pelo novo coronavírus. No evento desta tarde, Bolsonaro disse que qualquer vacina que receber a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será “extensiva a todos que queiram tomá-la”.
Mas destacou que ninguém pode ser obrigado a se vacinar.
Nesta quinta, o STF aprovou que haja medidas restritivas para quem não se vacinar.
O mandatário chegou a alertar para possíveis efeitos colaterais dos imunizantes e até fez piadas.
“Na Pfizer (farmacêutica norte-americana que está produzindo uma das vacinas) está bem claro no contrato: nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar o jacaré, é problema de você. Se você virar o Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher ou algum homem começar a falar fino, eles não têm nada a ver com isso. Ou o que é pior, mexer no sistema imunológico das pessoas. Como que pode obrigar alguém a tomar vacina que não se completou a terceira fase dos testes?”, questionou.
“Quem não quiser tomar vacina, se porventura ele contrair o vírus, e a vacina for comprovadamente eficaz lá na frente, não sabemos ainda, a responsabilidade é dele. Não podemos obrigar, aqui é democracia. Aqui não é Venezuela, Cuba e não temos ditadura aqui. Não persegui gays mulheres, nordestinos, negros. Liberdade total”, acrescentou.
Bolsonaro fez menção, ainda, ao veto estabelecido por ele a uma proposta aprovada pelo Congresso Nacional, em maio, que estabeleceu que a Anvisa tem até 72 horas para autorizar a utilização no Brasil de produtos de combate à COVID-19 que sejam aprovados por autoridades internacionais.
Em agosto, o veto foi derrubado pelo parlamento.
A decisão do Congresso, segundo Bolsonaro, foi um erro: “Tenho profundo respeito pelo parlamento. Tem nos ajudado com muita coisa. Obviamente, alguma coisa não chega a acordo e é natural, porque se tudo fosse aprovado, não seria democracia. Mas deram uma pisada de bola nesse veto”.
O presidente alertou que “nós estamos mexendo com vidas”. “Cadê a nossa liberdade? Dá vontade de pegar o cara que derrubou, de quem votou pra derrubar o veto e dizer: ‘Vem cá, vai tomar injeção, vai tomar vacina da China, ou não? Você derrubou o veto, tem que dar o exemplo’.”
Nesta quinta-feira, o ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou estados e municípios a comprarem vacinas aprovadas por agências sanitárias do exterior, sem necessidade de aval da Anvisa.
O imunizante produzido pela Pfizer, que já é aplicado em países como Reino Unido e Estados Unidos, é uma das vacinas que estariam contempladas nesta situação.
Por conta dessa postura, Bolsonaro disse que tem recebido críticas e que está dando um mau exemplo para a população. Irritado, o presidente subiu o tom.
“Eu não vou tomar (a vacina). Alguns falam que eu estou dando um péssimo exemplo. Ô imbecil, ô idiota. Eu já tive o vírus e eu já tenho os anticorpos. Para que tomar vacina de novo?”, questionou.
A recusa de Bolsonaro em se imunizar ocorre em meio a casos de reinfecção pelo novo coronavírus. No evento desta tarde, Bolsonaro disse que qualquer vacina que receber a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será “extensiva a todos que queiram tomá-la”.
Mas destacou que ninguém pode ser obrigado a se vacinar.
Nesta quinta, o STF aprovou que haja medidas restritivas para quem não se vacinar.
Mulher de barba
O mandatário chegou a alertar para possíveis efeitos colaterais dos imunizantes e até fez piadas.
“Na Pfizer (farmacêutica norte-americana que está produzindo uma das vacinas) está bem claro no contrato: nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar o jacaré, é problema de você. Se você virar o Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher ou algum homem começar a falar fino, eles não têm nada a ver com isso. Ou o que é pior, mexer no sistema imunológico das pessoas. Como que pode obrigar alguém a tomar vacina que não se completou a terceira fase dos testes?”, questionou.
“Quem não quiser tomar vacina, se porventura ele contrair o vírus, e a vacina for comprovadamente eficaz lá na frente, não sabemos ainda, a responsabilidade é dele. Não podemos obrigar, aqui é democracia. Aqui não é Venezuela, Cuba e não temos ditadura aqui. Não persegui gays mulheres, nordestinos, negros. Liberdade total”, acrescentou.
Críticas ao Congresso
Bolsonaro fez menção, ainda, ao veto estabelecido por ele a uma proposta aprovada pelo Congresso Nacional, em maio, que estabeleceu que a Anvisa tem até 72 horas para autorizar a utilização no Brasil de produtos de combate à COVID-19 que sejam aprovados por autoridades internacionais.
Em agosto, o veto foi derrubado pelo parlamento.
A decisão do Congresso, segundo Bolsonaro, foi um erro: “Tenho profundo respeito pelo parlamento. Tem nos ajudado com muita coisa. Obviamente, alguma coisa não chega a acordo e é natural, porque se tudo fosse aprovado, não seria democracia. Mas deram uma pisada de bola nesse veto”.
O presidente alertou que “nós estamos mexendo com vidas”. “Cadê a nossa liberdade? Dá vontade de pegar o cara que derrubou, de quem votou pra derrubar o veto e dizer: ‘Vem cá, vai tomar injeção, vai tomar vacina da China, ou não? Você derrubou o veto, tem que dar o exemplo’.”
Nesta quinta-feira, o ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizou estados e municípios a comprarem vacinas aprovadas por agências sanitárias do exterior, sem necessidade de aval da Anvisa.
O imunizante produzido pela Pfizer, que já é aplicado em países como Reino Unido e Estados Unidos, é uma das vacinas que estariam contempladas nesta situação.