O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), alertou a população da capital para o aumento dos números da COVID-19 na cidade. Segundo Kalil, a doença tem, cada vez mais, afetado pessoas fora do chamado ‘grupo de risco’.
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Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, a COVID-19 causou 50 mortes na capital em pessoas sem comorbidades ou fator de risco. Foram 43 óbitos de pessoas entre 40 e 59 anos e 7 mortos com idade entre 20 e 39.
No total, são 1.773 mortes confirmadas em BH por causa da doença: 1.464 tinham mais de 60 anos (82,5%), 268 entre 40 e 59 anos (15,1%), 40 entre 20 e 39 anos (2,3%) e uma pessoa menor de 14 anos (0,1%).
O prefeito Alexandre Kalil disse, ainda, que seu filho Felipe contraiu COVID-19 e está isolado da família.
“Meu filho está doente e isolado, mas não é porque foi para balada não. É porque ele é médico. Está chegando a esse ponto. Sei que Deus vai me proteger e não vai acontecer nada com ele. Ele está isolado da mulher, das filhas. Não encontrei com ele. Porque eles não querem me matar”.
Kalil fez um apelo à população de Belo Horizonte: “Prestem atenção neste final de ano. Estamos fazendo todo o esforço para que Belo Horizonte não tenha que fechar de novo”.
Grupo de risco
O coronavírus pode contaminar qualquer pessoa. Não há ninguém que tenha menos probabilidade de ser infectado. Entretanto, algumas pessoas têm maior chance de desenvolver as formas mais graves da COVID-19, como:
- idosos (idade igual ou superior a 60 anos);
- pessoas com doenças cardíacas;
- pessoas com doenças pulmonares, como asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica;
- pessoas com problemas de baixa imunidade, como pessoas transplantadas ou em quimioterapia;
- pessoas com doenças renais ou em diálise;
- diabéticos;
- gestantes de alto risco;
- pessoas com doenças do fígado;
- obesos (IMC≥40).
Outras cidades
Em São Paulo, o número de crianças de até 14 anos com Covid-19 que precisaram ser internadas na capital paulista cresceu 85% em um mês, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Desde o início da pandemia, foram registradas 763 internações nessa faixa etária. A maior parte delas (64%) de crianças de 0 a 4 anos — foram 490 internações. Em seguida, vem as faixas dos 5 aos 9 anos, com 144 internações (19%); e dos 10 aos 14 anos, com 129 internações (17%).