A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar o suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para auxiliar a defesa do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, no caso das rachadinhas.
No despacho, a magistrada vê possível crime de responsabilidade e advocacia administrativa. De acordo com a revista Época, a defesa do parlamentar recebeu dois relatórios com suposta devassa ilegal por parte dos servidores da Receita nas contas pessoais do senador.
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'Acusação de ajuda da Abin a Flávio é grave, mas precisa ser provada', diz ArasCármen dá 24h para Heleno e Ramagem explicarem relatórios da Abin a FlávioFlávio Bolsonaro renuncia ao cargo de terceiro-secretário da Mesa do SenadoMoro pede cópia de relatório da Abin e quer novo depoimento de RamagemEm nota, a Abin e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) negaram a colaboração. No entanto, o general Augusto Heleno, chefe do GSI, confirmou ter se reunido com o presidente Jair Bolsonaro e duas advogadas do senador. Mas ele diz que os pedidos não foram levados adiante.
A revista Crusoé aponta que o próprio diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, repassou, por WhatsApp, os relatórios para a defesa do parlamentar. Ramagem é amigo da família do presidente.