O Cidadania anunciou, ontem, o afastamento do deputado estadual Fernando Cury, acusado de assédio sexual contra a colega Isa Penna (PSol) durante uma sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Segundo documento assinado pelo presidente nacional do partido, Roberto Freire, Cury ficará afastado até a conclusão do procedimento disciplinar no âmbito partidário.
“O deputado estadual Fernando Cury fica liminarmente afastado de todas as funções diretivas partidárias, em todas as instâncias, bem como de todas as funções exercidas em nome do Cidadania, inclusive junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo”, diz o documento.
Em coletiva, a deputada disse que Cury estava bêbado quando a apalpou. “O ser humano estava completamente bêbado. Isso ficou completamente claro, ele estava bêbado. A bebida não é o problema, tirando que a gente estava lá votando. Mas, pode ter influenciado porque ele foi tão burro que se esqueceu que estava sendo filmado”, disse Isa.
Segundo a parlamentar, o assédio sexual é habitual no Legislativo. E relatou um episódio anterior, quando foi fotografada agachada. “Uma vez, na Câmara Municipal, tiraram foto na minha bunda. Eu estava abaixada, pegando uma assinatura. Eu era assessora na época, tiraram foto e espalharam. Assim, é bizarro”, lamentou, acrescentando que o assédio, em locais públicos, é uma prática que a sociedade ainda não superou.
A deputada registrou um boletim de ocorrência contra Cury e também entrou com uma representação. No entanto, ela diz não esperar muito da Alesp. “Nunca vi um deputado sequer sofrer uma sanção”, contou Isa, que já foi vítima de assédio outras vezes. “O espaço do parlamento é um espaço absolutamente violento. O assédio é cotidiano”, afirmou. No Conselho de Ética, onde tramitará a denúncia da parlamentar, há apenas uma deputada, Maria Lúcia Amary (PSDB), ocupando uma das nove cadeiras.
Cury disse que está “muito constrangido” e “triste” pelo “julgamento feito” no plenário. “Gostaria de frisar que não houve, de forma alguma, tentativa de assédio, de importunação sexual ou qualquer outra coisa”, disse ele. O deputado se desculpou pelo que chamou de “abraço” e disse que faz isso “com diversas colegas” da Casa.
“O deputado estadual Fernando Cury fica liminarmente afastado de todas as funções diretivas partidárias, em todas as instâncias, bem como de todas as funções exercidas em nome do Cidadania, inclusive junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo”, diz o documento.
Em coletiva, a deputada disse que Cury estava bêbado quando a apalpou. “O ser humano estava completamente bêbado. Isso ficou completamente claro, ele estava bêbado. A bebida não é o problema, tirando que a gente estava lá votando. Mas, pode ter influenciado porque ele foi tão burro que se esqueceu que estava sendo filmado”, disse Isa.
Segundo a parlamentar, o assédio sexual é habitual no Legislativo. E relatou um episódio anterior, quando foi fotografada agachada. “Uma vez, na Câmara Municipal, tiraram foto na minha bunda. Eu estava abaixada, pegando uma assinatura. Eu era assessora na época, tiraram foto e espalharam. Assim, é bizarro”, lamentou, acrescentando que o assédio, em locais públicos, é uma prática que a sociedade ainda não superou.
No plenário
O vídeo do episódio foi transmitido, ao vivo, pelo canal da Alesp no YouTube. Nele, a parlamentar aparece conversando com o presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), quando Cury se aproxima da Mesa Diretora e se posiciona atrás da deputada, colocando a mão na lateral de seus seios. Em seguida, Isa empurra o deputado para afastá-lo de seu corpo.A deputada registrou um boletim de ocorrência contra Cury e também entrou com uma representação. No entanto, ela diz não esperar muito da Alesp. “Nunca vi um deputado sequer sofrer uma sanção”, contou Isa, que já foi vítima de assédio outras vezes. “O espaço do parlamento é um espaço absolutamente violento. O assédio é cotidiano”, afirmou. No Conselho de Ética, onde tramitará a denúncia da parlamentar, há apenas uma deputada, Maria Lúcia Amary (PSDB), ocupando uma das nove cadeiras.
Cury disse que está “muito constrangido” e “triste” pelo “julgamento feito” no plenário. “Gostaria de frisar que não houve, de forma alguma, tentativa de assédio, de importunação sexual ou qualquer outra coisa”, disse ele. O deputado se desculpou pelo que chamou de “abraço” e disse que faz isso “com diversas colegas” da Casa.