O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chegou a atuar para impedir a publicação, mas o vídeo acabou compartilhado.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), a situação deve ser decidida após o recesso do Judiciário. Jussara Menicucci vai assumir o cargo, mas pode ser cassada, a qualquer momento, caso sejam comprovadas as acusações. Nessa hipótese, novas eleições são convocadas.
A ação contra a prefeita eleita foi movida por três partidos, que concorreram às eleições municipais 2020: PDT, PSD e o Podemos.
“A Justiça já tinha determinado a retirada desse vídeo e reconheceu que ela era falso. O objetivo era distorcer e criar factóides para atrapalhar as eleições. O horário e o dia em que a imagem foi disparada impediram que os envolvidos pudessem se defender”, explica Frederico Thadeu Peixoto, advogado do PDT.
Jussara Menicucci foi eleita com 17.637 votos. O número representa 37,37% do total de votos válidos, pouco mais de dois pontos percentuais a mais que a segunda colocada Dâmina Pereira (Podemos).
“A segunda colocada ficou por poucos votos, e acreditamos que isso pode ter influenciado. A campanha eleitoral não pode ser baseada em fake news”, ressalta Peixoto.
Além do vídeo, que foi disparado, a Justiça apura o envolvimento da prefeita eleita em outros crimes. “Há também indícios, que existe uma planilha de previsão de gastos de para disparo de mensagens em massa e boca de urna. Tudo isso está sendo investigado. Não há outra saída, senão a cassação do mandato dela”, afirma.
O Jornal Estado de Minas tentou contato com a prefeita eleita, mas até o momento, sem resposta.