Jornal Estado de Minas

entrevista/Henrique braga - Vereador reeleito pelo PSDB

Em seu oitavo mandato na Cãmara de BH, vereador quer prisão de pichadores


O vereador Henrique Braga (PSDB) foi reeleito, com 4.045 votos, para o oitavo mandato na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Está na representação municipal desde 1989, tendo sido suplente de 1997 a 2000. Há 32 anos na Casa, ele participou da construção do regimento interno e de todas as reformulações feitas ao conjunto de regras, da Lei Orgânica, bem como dos planos diretores da capital. “Quero desejar sorte a todos os vereadores. Estou há 32 anos na Câmara e isso me deu uma base grande”, afirma.




 
Henrique Braga atua como pastor há mais de 40 anos na Igreja do Evangelho Quadrangular. Colocou a Pampulha como centro de seu mandato, inclusive aprovando a Área de Diretrizes Especiais (ADE) Pampulha. O vereador participa da série de entrevistas realizada pelo Estado de Minas com os parlamentares eleitos da capital.
Ele avalia as razões que o fizeram se reeleger tantas vezes, pondera sobre a posição que terá em relação ao governo do prefeito Alexandre Kalil (PSD) e sobre o aumento do número de mulheres no Legislativo, que passou de quatro para 11. Também adianta que vai retornar a tramitação de projeto de sua autoria que estimula multa e até prisão para pichadores.

Qual a principal bandeira do mandato do senhor?
Sempre foi o meio ambiente. Durante todos esses anos em que estou na Câmara, tenho trabalhado em prol da região da Pampulha e da recuperação da lagoa. Sou coautor da ADE (Área de Diretrizes Especiais) Pampulha, que regulamentou e impediu empreendimentos na região. Eles queriam construir prédios e arranha-céus, mas a ADE regulamentou de forma que só pode construir até dois andares.





A que fatores o senhor atribui sua permanência como representante da população por esse período longo?
Sou remanescente de 1988. Atribuo a trabalhar com transparência, não omitindo nada do povo, sempre informando aquilo que estou fazendo, com clareza e transparência. Informando o eleitorado. Uma das coisas que fiz em Belo Horizonte, que pouca gente sabe, é que, antes, era possível ter em uma única sala de aula 135 alunos. Como coordenador da área de educação, limitei o número de alunos por faixa etária. Imagina uma professora com 100 meninos na sala de aula.

O senhor se posicionará na base de apoio ou como oposição ao governo de Alexandre Kalil?
Sempre me posicionei como independente. O que é bom para Belo Horizonte, voto favorável. O que atrapalha o povo, voto contra.

Em 2017 e 2018, o senhor presidiu a Câmara. Nos dois últimos biênios do mandato que se encerra, como o senhor votou em relação aos projetos do prefeito?
O que foi bom para a cidade, votei a favor. O que não foi bom, não votei. Tem projetos que parecem muito bons, mas, na verdade, têm pegadinhas.




O senhor pode exemplificar?
Nesses dias, votei contra projeto executivo mexendo na Previdência.O que tinha de ruim é que o servidor que contribuía com 7,5% passou a contribuir com 14%.

Como o senhor vê as forças políticas na Câmara? Com quem o senhor negocia e conversa?
A política é a arte de conversar. Você não pode pensar que você faz tudo sozinho. Você depende da engrenagem. Sempre tive bom relacionamento com todo mundo. Quando fui presidente da Câmara, foi na legislatura que se elegeram a Áurea Carolina e a Cida Falabella. Cansei de sentar e orientá-las sobre regimento interno, lei orgânica, sobre o que é o poder legislativo. Nessa parte, sou um livro aberto.

O senhor citou duas vereadoras. Para a próxima legislatura, elas passaram de quatro para 11 mulheres. Como o senhor vê a conquista de mais cadeiras por mulheres?
Ótimo. Poderia até ter mais mulheres.

O senhor pode nos adiantar alguns projetos que pretende apresentar?
Tenho projetos em andamento. Agora vão para o arquivo. Eu mesmo devo desarquivar para continuar a tramitação. Inclusive, um muito polêmico que estipula multa e até prisão para pichadores. esse vou querer ver tramitar e ser votado. Apresentei nesta legislatura, foi votado em primeiro turno e faltou ser votado no segundo turno.

audima