O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), exonerou o secretário de serviços integrados de saúde da Corte, o médico Marco Polo Dias Freitas. Segundo a reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o STF pediu em ofício enviado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que 7 mil doses de vacina contra a Covid-19 fossem reservadas para ministros e servidores da Corte.
“Nós, por exemplo, fizemos um pedido de toda forma delicada, ética, um pedido, dentro das possibilidades, quando todas as prioridades forem cumpridas, de que também os tribunais superiores — que precisam trabalhar em prol da Covid — tenham meios para trabalhar. E para isso precisa vacinar. Não adianta vacinar os ministros e não vacinar os servidores. A difusão da doença seria exatamente a mesma”, disse o Presidente.
No entanto, Fux diz que não sabia do ofício enviado à Fiocruz e que não havia autorizado. Questionado sobre o fato de ter defendido a reserva da vacina, Fux disse à CNN que Freitas telefonou para a Fiocruz em nome do STF sem o seu conhecimento e ressaltou que não queria prioridade na vacina.
O secretário Marco Polo Dias Freitas, que é médico clínico do STF desde setembro de 2009, assumiu a secretaria de saúde da Corte em agosto de 2014. Ele é formado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), especializado em Geriatria, tem mestrado em Clínica Médica, doutorado em Ciências da Saúde, além de ser pós-graduado em Saúde Baseada em Evidências.
A exoneração do secretário foi assinada no domingo pelo Presidente do STF e passa a valer a partir desta segunda-feira (28/12).
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Frederico Teixeira