Terceira vereadora de Belo Horizonte mais bem votada nas eleições municipais deste ano, Marli Aparecida de Aro Ferreira, a Professora Marli (PP), chega à Câmara Municipal com objetivo de dar maior atenção às pessoas com deficiência e com doenças consideradas raras.
Marli tem afinidade com o mundo político e compõe uma família de parlamentares, já que é casada com o deputado estadual Zé Guilherme (PP) e é mãe do deputado federal Marcelo Aro (PP).
Em entrevista ao Estado de Minas, Professora Marli afirma que os 14.496 eleitores belo-horizontinos que votaram nela são “fruto de um trabalho de longos anos em favor da parcela mais vulnerável da sociedade”.
A docente também comentou a gestão de Alexandre Kalil (PSD), reeleito prefeito da capital mineira este ano, e se considera uma “entusiasta” do trabalho feito pelo chefe do Executivo até então.
Marli será uma das 24 caras novas na Câmara de BH a partir de 2021, já que somente 17 vereadores se reelegeram em 2020.
A docente também comentou a gestão de Alexandre Kalil (PSD), reeleito prefeito da capital mineira este ano, e se considera uma “entusiasta” do trabalho feito pelo chefe do Executivo até então.
Marli será uma das 24 caras novas na Câmara de BH a partir de 2021, já que somente 17 vereadores se reelegeram em 2020.
Qual a principal bandeira do seu mandato?
A minha missão é cuidar das pessoas com deficiência e doenças raras. Quero dar voz às milhares de famílias que vivem hoje na invisibilidade e trabalhar para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva e isso passa muito pela área da educação, pelo direito de acesso à cidade, pelo direito do lazer e de conviver verdadeiramente em sociedade.
Em princípio, a senhora se coloca como base ou oposição ao prefeito Alexandre Kalil?
Não quero me colocar como base nem oposição. Não represento nenhum extremo. Tudo aquilo que for bom para a cidade, o governo contará com o meu apoio. Aquilo que considerar ruim, não deixarei de criticar e também propor alterações. Como eu disse, acredito que política se faz com diálogo. Mas não posso deixar de registrar que sou uma entusiasta do governo Kalil e acredito que ele fez um belo trabalho no primeiro mandato e assim torço para que seja assim também no segundo, principalmente para os que mais precisam.
A Câmara passou de 4 para 11 mulheres. Como você avalia esse crescimento?
Tenho certeza que a cidade ganhará muito com mais mulheres na Câmara. Somos a maioria do eleitorado e não ocupávamos nem 10% das cadeiras. Esse foi um salto importante para a representatividade feminina e para termos um parlamento mais forte e representativo da sociedade.
''Quero dar voz às milhares de famílias que vivem hoje na invisibilidade e trabalhar para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva e isso passa muito pela área da educação, pelo direito de acesso à cidade, pelo direito do lazer e de conviver''
O que a senhora atribui ao fato de ter sido a terceira mais bem votada na Câmara?
Essa votação foi fruto de um trabalho de longos anos em favor da parcela mais vulnerável da sociedade. É um recado que as pessoas invisíveis dessa cidade deram nas urnas e a resposta que darei para todas elas é que agora não serão mais invisíveis. Quero honrar e surpreender a confiança de cada um dos 14.496 eleitores que votaram em mim.
O marido e o filho da senhora são políticos. O que levou a família à política institucional?
Encaramos a política como uma missão. Estamos nela para transformar a vida das pessoas. Defender as pessoas com doenças raras e com deficiência é um objetivo em comum. Poder usar a política como ferramenta de transformação social e ver o retorno desse trabalho nas urnas é gratificante.
A senhora deverá estabelecer parcerias com o gabinete deles? De que forma?
Os mandatos de Marcelo Aro e Zé Guilherme foram e são importantíssimos para as pessoas com deficiência e doenças raras, foi com esses mandatos que conseguimos avanços históricos nessa causa e por isso tenho muito orgulho de tudo que foi feito e do que ainda será construído. Terei parcerias com eles e com todo parlamentar que tiver o mesmo objetivo que o meu: transformar a vida da parcela mais vulnerável da sociedade.