Ramon Bibiano da Casa de Apoio (PSD) é um homem de poucas palavras. Tímido, o vereador reeleito falou ao Estado de Minas sobre as prioridades para o próximo mandato, mas reconheceu as dificuldades em verbalizar as ideias que tem em prol de Belo Horizonte.
Ele diz que prefere a ação. Preocupado com a saúde pública, atua em uma instituição responsável por acolher pacientes do interior do estado que chegam a capital em busca de tratamento médico. Agora, passou a ajudar, também, belo-horizontinos que precisam de amparo após sessões de hemodiálise.
Uma das metas de Ramon é ampliar o trabalho. “Tentaremos fazer um projeto para (construir) um albergue. Vamos ver se conseguimos uma parceria com o Executivo”, projeta o dono de 5.947 votos no pleito de novembro.
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Outra proposta é instalar banheiros químicos na Área Hospitalar da cidade e nos espaços que sediam exames de habilitação veicular. Ele apresentou a sugestão ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) e espera resposta em março.
O parlamentar chegou à Câmara Municipal em 2019, para substituir o colega de partido Rafael Martins, eleito deputado estadual. Durante os acalorados debates ideológicos travados por colegas, prefere a discrição.
“Sempre tive certa dificuldade para falar ao público. Então, muitas vezes a gente não debate mesmo. Quem me conhece sabe disso”, sustenta. Apesar do perfil calado, admira as discussões em torno de ideias. “É cada um lutando por suas bandeiras”.
O parlamentar chegou à Câmara Municipal em 2019, para substituir o colega de partido Rafael Martins, eleito deputado estadual. Durante os acalorados debates ideológicos travados por colegas, prefere a discrição.
“Sempre tive certa dificuldade para falar ao público. Então, muitas vezes a gente não debate mesmo. Quem me conhece sabe disso”, sustenta. Apesar do perfil calado, admira as discussões em torno de ideias. “É cada um lutando por suas bandeiras”.
Menos de um ano após chegar à Câmara, Ramon Bibiano participou de dois momentos históricos: as votações que cassaram os mandatos de Cláudio Duarte e Wellington Magalhães, acusados de desviar verbas públicas.
Segundo ele, as punições aos colegas eram inevitáveis. “Ficamos sentidos, mas houve motivos. Então, não tem como relevar”, explica.
Segundo ele, as punições aos colegas eram inevitáveis. “Ficamos sentidos, mas houve motivos. Então, não tem como relevar”, explica.
O que o senhor considera prioridade para o segundo mandato?
Minha bandeira é a saúde. Vou me empenhar muito por ela.
Já há algum projeto sobre o tema que pretende apresentar na próxima legislatura?
Por enquanto, não. Ainda estamos estudando.
O senhor tem o ‘Casa de Apoio’ no nome eleitoral. Como é o trabalho da instituição?
A Casa de Apoio foi fundada em 2009. Hoje, temos 40 leitos para homens e outros 50 femininos. Atendemos mais as demandas do povo do interior, que vem fazer cirurgias e consultas, mas não tem onde ficar. Com o tempo, fomos atendendo moradores da cidade. Muita gente, quando vai fazer hemodiálise, fica fraca para voltar de ônibus. Fazemos esse transporte, o que tem ajudado muitas pessoas.
Como a Câmara pode ajudar os belo-horizontinos que precisam de apoio para se deslocar às casas de saúde?
Sempre tive o apoio de parceiros. A Ceasa, principalmente, nunca deixou faltar nada para a gente. Pessoas que mexem com cestas também sempre nos ajudam, assim como empresários que auxiliam com o combustível. Tentaremos fazer um projeto para (construir) um albergue. Vamos ver se conseguimos uma parceria com o Executivo (para expandir o acolhimento).
Seu perfil no site da Câmara cita que uma de suas bandeiras é instalar banheiros químicos em espaços de exame de habilitação e na Área Hospitalar. Como fazer isso?
Esses banheiros seriam montados em cima de uma prancha, com um carro puxando. De um lado, atenderiam candidatos homens e mulheres e, do outro, examinadores e examinadoras, das 7h às 13h. Das 14h às 19h, ficariam na Área Hospitalar. Isso seria uma indicação ao Detran, com parceria privada.
O senhor assumiu o mandato no meio da legislatura. Como foi assumir faltando dois anos para o término?
Se tornou muito complicado. A gente entrou em 2019 e, a cada dia, estamos aprendendo mais. Conseguimos lançar um projeto que é a respeito da divulgação dos direitos da pessoa com neoplasia maligna (câncer), que já passou por todas as comissões. Vamos esperar, no próximo ano, entrar em pauta (no plenário).
O senhor é um vereador que fala pouco. No plenário, não costuma participar dos debates travados por seus colegas. Esta legislatura foi marcada por diversas discussões acaloradas. Como enxerga isso?
Sempre tive certa dificuldade para falar ao público. Então, muitas vezes a gente não debate mesmo. Quem me conhece sabe disso. (A mudança de estilo) é só com o tempo. Acho bonito (as discussões em plenário). É cada um lutando por suas bandeiras.
Esta foi uma legislatura marcada por cassações. Como avalia esses momentos? O que pode melhorar para 2021?
Infelizmente cassaram parceiros da gente. Ficamos sentidos, mas houve motivos. Então, não tem como relevar. Tem que haver diálogo. Se as pessoas tiverem mais diálogo, temos tudo para fazer um mandato bacana.
O Estado de Minas encerra, nesta quarta-feira, a série de entrevistas com os vereadores belo-horizontinos eleitos para a próxima legislatura. Trinta e nove dos 41 parlamentares foram sabatinados. Jorge Santos (Republicanos) optou por não dar entrevista neste momento. Juninho Los Hermanos (Avante), por sua vez, chegou a marcar horários para ser entrevistado, mas não retornou os contatos feitos por repórteres deste jornal.