Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Bolsonaro diz, sem comprovação, que 'tratamento precoce salva vidas'

“O tratamento precoce salva vidas”. Foi com essa frase, divulgada nas redes sociais, que Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, iniciou a primeira segunda-feira (04/01) de 2021. A afirmação, contudo, não tem comprovação científica, como consta em documento da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).





“A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) não recomenda tratamento farmacológico precoce para COVID-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais. Ou seja, não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVD-19”, diz trecho da nota.

O comunicado da SBI foi divulgado em 9 de dezembro de 2020, quando, de acordo com números do Governo Federal, o Brasil tinha 6.728.452 de casos registrados do novo coronavírus, com 178.995 mortes. Segundo os dados, mais recentes, desse domingo (03/01), são 196.018 óbitos por COVID-19 e 7.733.746 infecções.

“A vacina emergencial (depois de certificada pela Anvisa), e não obrigatória, está a caminho”, também publicou Bolsonaro, na mesma mensagem desta manhã. Mais de 40 países ao redor do mundo já começaram a vacinação em alguma etapa, enquanto o presidente brasileiro se diz dependente das empresas que fabricam os imunizantes e ainda não desenhou um plano com efetividade comprovada.
 

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