A grande maioria dos vereadores de Belo Horizonte não se posicionou sobre a decisão da prefeitura de fechar o comércio considerado não essencial a partir da próxima segunda-feira (11/01). Até a manhã desta quinta-feira (07/01), somente dez dos 41 parlamentares haviam utilizado as redes sociais para se posicionarem contra ou a favor da decisão.
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Nely Aquino vence Duda Salabert e é reeleita presidente da Câmara de BHVereadores eleitos tomam posse na Câmara de BHVereadores de BH se organizam em blocos suprapartidáriosPSB aciona Justiça para impugnação de Nikolas Ferreira, vereador de BHBolsonaristas atacam Kalil por fechar comércio de BH novamenteQuatro parlamentares são favoráveis à decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD): Bella Gonçalves (Psol), Iza Lourença (Psol), Macaé Evaristo (PT) e Sônia Lansky da Coletiva (PT). A Câmara Municipal de BH está em recesso e o primeiro dia de trabalho será em 1º de fevereiro (segunda-feira).
Nessa quarta-feira (06/01), ao anunciar a decisão, Kalil disse que BH chegou no limite da COVID-19 e que tentou manter a cidade aberta com os serviços não essenciais. No entanto, os números acabaram subindo, chegando a índices "alarmantes".
Com isso, seguirão abertos setores como supermercados, padarias, mercearias, farmácias, açougues, instituições financeiras, hotéis e similares, serviços automotores e depósitos de construção civil. A prefeitura divulgará decreto nesta sexta-feira (08/01) para informar os horários de funcionamento dos itens essenciais.
Por outro lado, lojas dos mais variados serviços (roupas, móveis, artigos esportivos, eletrodomésticos armas de fogo, tecidos e sapatos), bares, casas de show, shoppings, livrarias, papelarias, joalherias e bijuterias, salões de beleza e estética, entre outros, terão de fechar as portas.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 bateu novo recorde em Belo Horizonte nessa quarta (06/01): 86,1%. Esse foi o terceiro dia consecutivo que o indicador bateu recorde, tendo registrado 83,5% na terça e 80,5% no boletim epidemiológico de segunda-feira (04/01). Para efeito de comparação, o percentual de uso na terapia intensiva era de 44% no início de dezembro.
Contudo, vale lembrar que a prefeitura alterou o critério de avaliação em 18 de dezembro do ano passado. Em vez de considerar a oferta em potencial, a Prefeitura de BH passou a colocar na conta apenas os leitos que realmente estavam à disposição da população. Desde o início da pandemia, em março de 2020, este será o terceiro fechamento do comércio e serviços considerados não essenciais na capital mineira.
Segundo dados divulgados nessa quarta da prefeitura, Belo Horizonte já registrou 65.848 casos confirmados de COVID-19. São 1.915 mortes provocadas pela doença na cidade, enquanto 108 falecimentos estão sob investigação.