Morreu, na madrugada desta segunda-feira (11/01), o ex-deputado José Alencar Furtado, 95 anos. Ele estava em seu apartamento em Brasília e enfrentava problemas renais e cardíacos. O velório e o sepultamento estavam previstos para ocorrer ainda nesta segunda.
Advogado e político, Alencar Furtado exerceu três mandatos de deputado federal pelo Paraná, e foi cassado pela ditadura militar. Militante da Esquerda Democrática, uma dissidência udenista que originaria o Partido Socialista Brasileiro, foi um dos fundadores dessa última legenda no Ceará. Transferindo-se para o estado do Paraná, foi advogado junto à prefeitura de Paranavaí.
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PT é mais um partido a apoiar Rodrigo Pacheco à presidência do SenadoPSOL: Bolsonaro apontar fraude nas eleições é 'atentado ao estado democrático'PT pede anulação do sigilo sobre cartão de vacinação de BolsonaroBolsonaro cobra apoio da bancada ruralista: 'O campo está bombando'No entanto, teve o seu mandato parlamentar cassado em 30 de junho de 1977. Privado de seus direitos políticos, elegeu o filho Heitor Alencar Furtado para ocupar seu lugar, em 1978. Heitor terminou sendo assassinado durante a campanha.
De volta à cena política após a decretação da anistia pelo presidente João Figueiredo, foi reeleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. Todavia, o assassinato do filho naquele mesmo ano abalou-o profundamente.
Após a eleição de Tancredo Neves para presidente da República, Alencar Furtado acabou por entrar em colisão com o partido ao disputar a presidência da Câmara dos Deputados contra Ulysses Guimarães em 1985. No pleito de 1986, disputou o governo do Paraná pelo PMB, em chapa com o então pedetista Jaime Lerner, mas foi derrotado por Álvaro Dias, do PMDB.
Furtado deixa viúva, três filhas e um neto.