O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (12/1) que precisou intervir em Manaus com a ajuda ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para impor o “tratamento precoce” na população diagnosticada com COVID-19 e diminuir as mortes pela doença na cidade. Bolsonaro enalteceu a atuação de Pazuello e fez duras críticas ao primeiro titular da pasta em seu governo, o médico Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido em abril do ano passado, após discordâncias com o presidente na forma de enfrentar o novo coronavírus no Brasil.
“Pazuello é uma pessoa excepcional. É a pessoa certa, no lugar certo. Se tivesse um Mandetta lá, até hoje esse marqueteiro da Globo estava recomendando ficar em casa e 'só vai para o hospital quando tiver falta de ar'. E continua, agora, tendo espaço na TV funerária, na capa da revista IstoÉ. O médico, a cara do jegue lá, olhando para o pasto assim”, ironizou o presidente da República.
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“Olha o que estava acontecendo em Manaus agora. Vamos falar Amazonas porque Amazonas se resume, em grande parte, a Manaus. São poucas cidades lá. Aumentou assustadoramente o número de mortes. E mortes, pessoal, por asfixia porque não tinha oxigênio. O governo estadual deixou acabar oxigênio. É morrendo asfixiado. Imagine você, morrendo afogado. Fomos para lá e ele interferiu. Estão falando já que interferiu. Então, vai deixar o pessoal morrer?", questionou.
Bolsonaro voltou a defender o uso de medicamentos sem comprovação científica como ivermectina e cloroquina no surgimento inicial de sintomas do novo coronavírus.
“É igual quando fala da hidroxicloroquina, da ivermectina. Vem ainda alguns que falam que não tem comprovação científica. A gente sempre falou que não tinha. Quem não quiser tomar não tome. Agora, eu e mais 200 do meu prédio da Presidência que tivemos COVID tomamos. Ninguém foi para o hospital. Então, ela serve para as duas coisas, segundo dezenas de milhares de médicos”, alegou.