A vereadora Duda Salabert (PTD) participou, nesta terça-feira (12/01), de uma reunião com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), na prefeitura municipal. Os políticos debateram projetos socioeconômicos para a capital mineira.
Segundo a vereadora, que foi a mais votada na capital no ano passado, a bancada do Partido Democrático Trabalhista (PDT) marcou o encontro. “Fiquei feliz, pois o prefeito se mostrou aberto a fazer uma ponte com PDT”, contou. Assim, a professora afirmou que planeja fazer um mandato que soluciona problemas relacionados à saúde, economia e emprego. Duda também divulgou uma foto do encontro nas suas redes sociais.
Em conversa com o Estado de Minas, a vereadora detalhou as principais pautas da reunião com Kalil
Programa de Renda Básica
A vereadora propôs um projeto de renda básica para a população em vulnerabilidade durante a pandemia. Porém, segundo Duda, Kalil alegou que está organizando, junto à equipe econômica, a possibilidade de criar um auxílio fixo. “Por ser algo permanente, é algo que a população mais pobre pode contar e vai aquecer a economia local”, afirmou Duda.Impostos
O prefeito e a vereadora também discutiram sobre o adiamento para o meio do ano da data de pagamento do IPTU. Além disso, os políticos analisaram a possibilidade de isentar, durante a pandemia, os comerciantes de taxas municipais, como a de engenho de publicidade e de fiscalização. “Como fechamos o comércio, certas cobranças seriam injustas”, explicou a vereadora.Segundo Duda, o prefeito está aberto a este projeto. “A prefeitura está muito ciente da realidade dos comerciantes em BH”, concluiu.
Escolas na pandemia
Conforme a vereadora, ela e a PBH estão estudando o modelo de “volta às aulas” de outros países para ver “se há algum modelo que poderia ser trazido para realidade de BH”. “O que nós temos, até então, é uma grande dúvida, no mundo todo, de como as escolas vão se organizar neste ano que começou”, explicou Duda, que também é professora.
Empregabilidade trans
Outra proposta discutida foi o projeto de reservar um percentual de vagas em empresas que prestam serviços terceirizados pela prefeitura para empregar pessoas trans. Segundo a professora, o prefeito disse que “está aberto a conversar sobre essa questão”.A veradora apresentou dados que mostram a necessidade de programas como o proposto. “90% das transexuais do país estão na prostituição porque há um preconceito odioso na sociedade”, explicou.
“Eu fiquei bastante feliz! Pela primeira vez, eu encontro essa abertura com algum político para falar sobre a empregabilidade trans. E é muito importante para mim e para a comunidade que eu faço parte”, relatou a vereadora.
Vacinação contra a COVID-19 de indígenas
No plano de vacinação contra a COVID-19 do Governo Federal, somente os indígenas de aldeias foram encaixados no grupo prioritário. Durante a reunião, a vereadora comentou com a Kalil sobre a possibilidade de, em âmbito municipal, colocar a população indigena urbana como prioridade.
Segundo Duda, mais de quatro mil indígenas moram em BH e muitos vivem em situações precárias. Apesar de demonstrar apoio às famílias indígenas, Kalil disse que, ainda, não tem autonomia para criar um plano de vacinação e não tem como atender a essa demanda.
* Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria