Em busca de apoios na corrida pela presidência no Senado Federal, Simone Tebet (MDB/MS) já sabe que os partidos que compõem, ao lado de sua legenda, o bloco parlamentar Unidos Pelo Brasil, vão apoiar o rival Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O atraso na definição do postulante emedebista faz, agora, com que Tebet corra contra o tempo para fechar acordos.
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Oficializada nessa terça-feira (12/01) como concorrente, a sul-matogrossense Tebet começa a costurar alianças em prol de votos. O Cidadania, com três senadores, fará parte do grupo. O Podemos, com 10, também deve compor. Senadores de PSL e PSDB são cortejados pelos emedebistas.
Eleito por Goiás, o ex-apresentador de televisão Jorge Kajuru (Cidadania), foi ao Twitter comentar a candidatura de Simone Tebet. “Vamos torcer para não ter traíra no MDB para sacanear uma mulher de bem”, disse, com várias exclamações.
Grupo de Pacheco tem sete partidos
O PP foi, justamente, a última agremiação a endossar oficialmente a candidatura de Pacheco, o que ocorreu nesta quarta (13/01). Os sete progressistas fazem com que o número de senadores comprometidos com o mineiro chegue a 38. Os apoios, contudo, podem não se refletir na votação, visto que o pleito é secreto.
Fora DEM e PP, outros cinco partidos estão com Pacheco: PSD, Pros, Republicanos, PT, PSC e PL. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também anunciou apoio público ao postulante.
O Estado de Minas procurou Rodrigo Pacheco, por meio de sua assessoria, para comentar a aliança com Republicanos e Progressistas. O staff do democrata, contudo, afirmou que ele só deve comentar o tema após a oficialização de sua candidatura — o que está previsto para a próxima semana.
Partidos explicam apoios
Ao justificar a opção por Rodrigo Pacheco, o senador piauiense Ciro Nogueira, presidente Nacional do PP, fez menção à necessidade de reformas econômicas. “Acreditamos que o senador Rodrigo Pacheco se identifica com os anseios progressistas de unificar o Senado Federal em torno de projetos que vão garantir a retomada do crescimento econômico do país pós-pandemia e as reformas de que o Brasil precisa”, disse.
Na sexta da última semana, o Republicanos, sigla que abriga parte da família Bolsonaro, também emitiu comunicado oficializando o apoio.
“O Republicanos acredita que o senador Rodrigo Pacheco tem o preparo necessário para conduzir os trabalhos da Casa, com coerência e determinação e que, de forma conciliadora, saberá lidar com as demais instituições sempre com respeito à Constituição Federal”, alegou o líder do partido na Câmara Alta do Parlamento, o maranhense Mecias de Jesus.