No final de dezembro de 2020, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), celebrou as manifestações contra as medidas restritivas adotadas em Manaus devido a pandemia de COVID-19. Agora, em janeiro de 2021, a capital do Amazonas vive uma crise de abastecimento de oxigênio em hospitais. A cidade, que foi vítima da pandemia em abril e vivenciou um verdadeiro terror, volta a protagonizar cenas de desespero.
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Manaus sem oxigênio: Pazuello visitou cidade para divulgar kit cloroquinaOxigênio para Manaus: campanha para pacientes de COVID-19 mobiliza redesManaus: 'Acabou o oxigênio, tem muita gente morrendo'; veja vídeoEduardo Bolsonaro é condenado a pagar R$ 30 mil a jornalista Eduardo Bolsonaro critica China ao justificar atraso da vacina da ÍndiaManaus: Mandetta alertou Bolsonaro em março para mortes por desassistênciaNa época, Manaus, apesar de não ter adotado lockdown, decretou medidas restritivas.
O decreto não foi bem aceito pela população, que respondeu com manifestações pela cidade. Na ocasião, a polícia precisou usar spray de pimenta e balas de borracha para conter os manifestantes.
O decreto não foi bem aceito pela população, que respondeu com manifestações pela cidade. Na ocasião, a polícia precisou usar spray de pimenta e balas de borracha para conter os manifestantes.
Terror volta para as ruas
No início da pandemia, em abril de 2020, Manaus vivenciou cenas de desespero com valas comuns cavadas em cemitérios públicos e caminhões refrigerados instalados fora dos hospitais para preservar os corpos dos mortos.
Agora, a capital do estado do Amazonas volta ter dias de terror. Entre 1º e 11 de janeiro, foram registradas 1.979 novas internações pelo novo coronavírus, contra 2.128 em abril de 2020 – pior mês desde a chegada da pandemia.
Os enterros de vítimas da COVID-19 também batem recordes: nos primeiros 10 dias de 2021 foram registrados 379, mais do que os 348 de maio.
Até quarta-feira (13/01), mais de 5,8 mil morreram por COVID-19 no estado.
Falta de oxigênio
Segundo profissionais que atuam no atendimento de pacientes de COVID-19, há hospitais sem oxigênio em Manaus, o que teria causado a morte de diversos pacientes.
Pelas redes sociais, brasileiros pedem socorro. A frase “oxigênio para Manaus” e a palavra “Manaus” estão entre os assuntos mais comentados.
Pelas redes sociais, brasileiros pedem socorro. A frase “oxigênio para Manaus” e a palavra “Manaus” estão entre os assuntos mais comentados.
Lockdown
Na tarde desta quinta-feira (14/01), o governador Wilson Lima anunciou um decreto que proíbe a circulação de pessoas em Manaus entre 19h e 6h.
Todas as atividades, exceto serviços essenciais, também estão proibidas.
Todas as atividades, exceto serviços essenciais, também estão proibidas.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria