O presidente Jair Bolsonaro se eximiu de culpa sobre o atraso nas vacinas e o aumento de casos da COVID-19 no país. Na tarde desta sexta-feira (15/01), ele reclamou da medida do Supremo Tribunal Federal (STF) que conferiu a governadores e prefeitos o poder de decidir localmente sobre políticas de isolamento social e fechamento de comércios para conter a doença.
Segundo ele, com isso suas decisões a respeito da pandemia foram "tolhidas". O mandatário também comentou sobre eventual abertura de processo de impeachment.
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O presidente ainda completou: "Eu tinha que estar na praia uma hora dessas. Pelo STF, eu tinha que estar na praia agora, tomando uma cerveja. O Supremo falou isso para mim. O erro meu agora foi não atender ao STF e estar interferindo, ajudando quem está morrendo em Manaus”, disse.
Críticas a João Doria
Bolsonaro também alfinetou o governador de São Paulo, João Doria: "João Doria, se o senhor tem vergonha na cara, critica o Supremo Tribunal Federal, que me proibiu de realizar qualquer ação de combate à COVID. O Supremo me proibiu. Critique o Supremo. Se o Supremo não tivesse me proibido, eu teria um plano diferente do que foi feito, que é a simplicidade de fechar tudo e ir pra Miami, e o Brasil estaria em situação completamente diferente, tenho certeza disso".
Ele votou a usar o termo "calcinha apertada" ao se referir ao governador de São Paulo: "Se o João Doria tivesse o mínimo de vergonha na cara, esse calcinha apertada, ele falaria que o Supremo Tribunal Federal me tirou de combate para as ações contra a COVID".
Mais cedo, o tucano chamou Bolsonaro de facínora.