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Estado de Minas DISPUTA

Eduardo Bolsonaro fala em solução em Manaus; 7 morrem sem oxigênio no Pará

Filho do presidente diz que falta de oxigênio é problema resolvido. Sete pacientes de COVID-19 morreram nesta terça-feira no Pará sem conseguir respirar


19/01/2021 20:07 - atualizado 19/01/2021 22:09

Bolsonaro foi às redes sociais para dizer que caos na saúde no Amazonas foi solucionado (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bolsonaro foi às redes sociais para dizer que caos na saúde no Amazonas foi solucionado (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou, nesta terça-feira (18/01), que o problema da falta de oxigênio em Manaus, capital do Amazonas, está resolvido. O parlamentar anunciou que o caos na saúde foi solucionado graças ao pesado investimento do governo federal no estado, além da ajuda de diversos artistas, que doaram balões de oxigênio.
 
Porém, a declaração do filho do presidente Bolsonaro ocorreu no mesmo dia que sete pacientes de COVID-19 morreram no Pará, também na Região Norte do Brasil, sem conseguir respirar. Até o momento, 6.450 pessoas perderam a vida e outras 233.971 contraíram o vírus no estado. Em 24 horas, foram 142 óbitos e mais de 1,5 mil casos. 
 
 

“O governo conseguiu equalizar o problema da falta de oxigênio em Manaus. Por ora, o problema está resolvido. Vale destacar a ajuda dos artistas, o Gusttavo Lima e vários outros que contribuíram para que o oxigênio chegasse até Manaus para solucionar o problema”, disse Eduardo Bolsonaro, em vídeo divulgado no Twitter.

“A gente vê que o atraso do Brasil é realmente aquelas pessoas, que, sem qualquer escrúpulo, tentam se aproveitar politicamente nesses casos de crise para tentar denegrir o presidente. E como foi equalizado, não se fala mais no assunto. Pouca gente dá os devidos méritos ao governo federal, mesmo que não tenha sido um problema gerado pelo governo. Ele fez sua parte, com repasses bilionários para Manaus”, completou o deputado.

Ele afirma que existe uma conspiração de políticos que tentam desestabilizar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido): “Parece que tudo isso foi deixado de lado, porque o importante é construir narrativas para tentar desgastar o governo. E, aos poucos, eles vão conseguindo ter entrada em uma outra pessoa que não tem senso de informação correta”.

Embate com Doria 

 
Eduardo Bolsonaro também atacou o governador de São Paulo, João Doria, na postagem. O deputado afirmou que o chefe do Executivo deixou o clima ainda mais tenso ao polemizar a questão da vacinação obrigatória em todo o país:
 
“O presidente sempre falou que desde que a Anvisa chancelasse, não teria problema, o problema foi que João Doria inicialmente não queria que a CoronaVac, a vacina que vem da China e que não é aplicada nos chineses, passasse pelo crivo da Anvisa. Para piorar, ele tensionou ainda mais a questão quando fala em vacinação obrigatória”. 

O parlamentar também afirmou que Doria não tem prestígio: “João Doria não é das pessoas mais confiáveis, não goza de tanto prestígio da população. Cada anúncio dele coloca uma pulga atrás da orelha das pessoas”.

O Estado de Minas procurou o governo de São Paulo para se posicionar a respeito dos ataques. Em nota, a assessoria critica a postura de Eduardo Bolsonaro: "O deputado Eduardo Bolsonaro mais uma vez demonstra a sua completa desconexão com a realidade e sua preferência pela fantasia dos negacionistas. Foi o Governo de São Paulo que incentivou o desenvolvimento da pesquisa da vacina do Butantan, mesmo com a ausência de apoio do Governo Federal, e sempre condicionou a aplicação do imunizante ao aval da Anvisa".
 
"Informações diferentes a essas só serão encontradas nos perfis nas redes sociais que são dedicados a propagar informações falsas. Os apoiadores do presidente deveriam se dedicar em divulgações ações de mitigação à pandemia, ao invés de gastar tempo com ataques", acrescenta o comunicado.

Mais cedo, Doria atacou Jair Bolsonaro, exigindo mais lotes de vacinas. Ele esteve em Ribeirão Preto em ato que marcou o início da vacinação na cidade da região metropolitana.


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