Lula viajou com uma comitiva que incluía sua noiva, Rosangela da Silva, e o escritor Fernando Morais, para participar de um documentário do diretor norte-americano Oliver Stone sobre a América Latina.
O ex-presidente foi diagnosticado com COVID-19 em 26 de dezembro, seis dias após o desembarque na ilha caribenha.
Segundo nota oficial, todos os integrantes da comitiva, exceto a jornalista Nicole Briones, tiveram diagnóstico positivo ao longo do monitoramento com RT-PCR, exames exigidos periodicamente a turistas pelo governo cubano. Toda a comitiva permaneceu em isolamento sob vigilância sanitária.
O petista ficou assintomático, mas uma tomografia indicou lesões pulmonares no ex-presidente, que foi medicado e teve acompanhamento em casa e “excelente recuperação”. Apenas o escritor Fernando Morais teve que ficar internado.
“Eu e toda a minha equipe somos agradecidos à dedicação dos profissionais de saúde e do sistema de saúde pública cubano que estiveram conosco no cuidado diário. Agradeço ao governo de Cuba e a todos que estiveram conosco, de coração. Jamais esqueceremos a solidariedade cubana e o compromisso com a ciência de seus profissionais”, pronunciou Lula em nota.
Defesa da vacinação
O ex-presidente defendeu os protocolos guiados pela ciência e a vacinação como meios da humanidade se livrar do novo coronavírus e disse que segue esperando a sua vez na fila da imunização.
“Sentimos na pele a importância de um sistema público de saúde que adota um protocolo unificado, inspirado na ciência e nas diretrizes da OMS. E quero estender as minhas saudações a todos os profissionais de saúde que se esforçam para fazer o mesmo aqui no Brasil, apesar da irresponsabilidade do presidente da República e do ministro da Saúde”, afirmou.
As gravações do documentário foram suspensas e após o fim da quarentena Lula se encontrou com autoridades cubanas, entre elas Miguel Díaz-Canel, atual chefe da ilha, e o ex-presidente Raúl Castro.