O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em sua live semanal de quinta-feira (21/01), garantiu que não vai exonerar o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do cargo. O chanceler, inclusive, esteve na transmissão ao lado de Bolsonaro, que classificou a política externa praticada pelo Brasil como “excepcional”.
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Bolsonaro parabeniza Ernesto Araújo pela liberação das vacinas da ÍndiaCom a posse de Joe Biden, cresce a pressão pela demissão de Ernesto AraújoBolsonaro é o maior culpado pelo atraso nas vacinas, aponta pesquisaMourão diz que Araújo pode deixar governo depois de eleições no Congresso'Tudo para ser uma boa relação', diz chanceler sobre Brasil e governo BidenBolsonaro: Bonner tem 'cara de pastel' e 'último a saber das coisas'Além disso, a eleição de Joe Biden para presidente dos Estados Unidos foi um fator para que alguns integrantes do governo fossem a favor da saída do chanceler do cargo, uma vez que ele era apoiador ferrenho do governo Trump. Bolsonaro também comentou um rumor de que líderes chineses estariam pedindo a exoneração de Araújo.
“Quem demite ministro, sou eu. Ninguém procurou e nem ousaria procurar, assim como nós não faríamos com nenhum país do mundo. Eu procurar um outro país qualquer e falar: “Esse ministro tem que ser demitido”. Jamais um outro país faria isso conosco, também”, afirmou o presidente.
Bolsonaro também comentou a relação entre Brasil e China, que foi desgastada em várias oportunidades pelo próprio filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP). O presidente afirmou que, assim como o Brasil precisa da China, o país asiático também depende do território sul-americano, sobretudo na compra de soja, e que não tem relação de “amor” entre governos.
“O pessoal fala: “Ah, o Brasil precisa da China”. Mas a China também precisa da gente. Ou tu acha que a China está comprando soja para jogar fora? Compra produtos do campo para jogar fora… compra porque precisa. Lá está chegando na casa de 1 bilhão e 400 mil habitantes. População cada vez mais urbana. Há dois, três anos, aproximadamente, eles revogaram a lei do filho único. A tendência é haver um crescimento populacional da China. Eles precisam disso. A relação entre país, qualquer país do mundo tem interesse. Não tem amor”, concluiu.