O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou ser "afrontoso" o modo como a gestão Jair Bolsonaro ( sem partido) vem atuando para paralisar ou atrasar obras de infraestrutura planejadas pelo Estado de São Paulo e que dependem de aval ou recursos do governo federal. Doria disse que vai "agir" diante do cenário, sem dar detalhes.
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'Cartão vermelho': Bolsonaro proíbe ministros de atender a pedidos de DoriaBriga Bolsonaro x Doria afeta obras no Estado de SPDoria volta a criticar Bolsonaro: 'Cadê as outras vacinas?'Doria bate boca com Constantino: ''Vassalo do Bolsonaro''Carreata pelo impeachment de Bolsonaro será realizada em DivinópolisVárias capitais registram carreatas pedindo o impeachment de BolsonaroComo mostrou o Estadão, obras de mobilidade e saneamento traçadas por São Paulo, que dependiam de acordo com Brasília para serem viabilizadas, estão no papel, como a ponte entre Santos e Guarujá e o piscinão de Jaboticabal, entre a capital e as cidades do ABC. O Estadão revelou também que Bolsonaro deu ordem para que os ministros não atendam a nenhum pedido do tucano.
Doria não detalhou como seria essa "ação" contra Bolsonaro, mas auxiliares não descartam até medidas judiciais.
'Reação'
Na semana passada, o governador paulista conclamou a população a uma "reação" contra o governo Bolsonaro, após as mortes por asfixia no Amazonas por falta de tubos de oxigênio para pacientes com covid-19.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), esteve quinta (14) e sexta-feira (15) da semana passada no Palácio dos Bandeirantes articulando, com o vice-governador Rodrigo Garcia, a campanha de Baleia Rossi (MDB) para a presidência da Câmara, contra o adversário apoiado pelo presidente, Arthur Lira (Progressistas-AL).
A vitória na disputa é crucial para Bolsonaro, no momento em que o tema impeachment passa a ser discutido com cada vez mais intensidade na sociedade.
Procurado, o Palácio do Planalto não havia se manifestado até a conclusão desta edição.
Ontem, Doria voltou a cobrar empenho federal para a oferta de mais vacinas contra o novo coronavírus. As únicas doses que já haviam sido aplicadas no País foram fornecidas pelos paulistas após entendimento do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac.