O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta segunda-feira (25/01), não ter dúvidas de que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, cometeu crimes contra a população brasileira durante a gestão da pandemia de COVID-19.
Em entrevista coletiva na sede do Parlamento, em Brasília, Maia citou episódios como a recusa à vacina da Pfizer, as controvérsias em relação ao imunizante do Butantan e as diversas falas em prol de remédios sem eficácia comprovada.
“Não tenho dúvida nenhuma de que já tem crime. Pelo menos o ministro da Saúde já cometeu crime. Não tenho dúvida nenhuma. A irresponsabilidade dele de tratamento precoce, de não ter respondido à Pfizer, de não ter se aliado ao Butantan para acelerar a produção daquela vacina — e não apenas da Fiocruz. Tudo isso caracteriza crime. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já está investigando”, afirmou o deputado.
A carta em que a Pfizer pede celeridade ao governo brasileiro nas negociações por doses da vacina produzida em parceria com a BioNTech veio a público no último sábado (23). No mesmo dia, o procurador-geral da República, Augusto-Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Pazuello. Um dos tópicos citados por Aras é a crise humanitária, decorrente da ausência de oxigênio em hospitais, em Manaus (AM).
Ao comentar o imbróglio entre o Palácio do Planalto e a Pfizer, Rodrigo Maia defendeu a apuração dos fatos por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
"Não ter respondido à Pfizer, ter tratado de forma irrelevante o alerta da Pfizer, para mim, é crime. Só que os crimes precisam ser investigados. Por isso defendo que a Câmara possa avançar em uma CPI, e essa CPI possa esclarecer tudo, para que a gente possa ter argumentos para dizer de quem são as responsabilidades”, afirmou.
No Congresso Nacional, parlamentares têm recolhido assinaturas para a instalação de uma comissão mista que apure, na Câmara e no Senado, as ações da equipe de Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento ao novo coronavírus.
Para a abertura dos trabalhos, é preciso que haja o aval de 171 deputados e 27 senadores. Os números correspondem a um terço de cada uma das casas legislativas.
Ainda nesta segunda, Maia comentou sobre a eleição que define, no próximo dia 1°, seu substituto no comando da Câmara para o biênio 2021-2022. Os favoritos à vitória são Arthur Lira (PP-AL), apoiado por Bolsonaro, e Baleia Rossi (MDB-SP), que tem a simpatia do atual presidente da Casa Legislativa.
Alguns deputados do DEM na Bahia, contudo, aderiram à candidatura de Lira. Apesar disso, Maia garantiu que Baleia deve ter entre 20 e 222 votos de parlamentares demistas.
“Esse jogo que a candidatura patrocinada pelo presidente da República faz é um jogo que nunca vi aqui na Câmara: trabalhar para criar conflitos internos nos partidos. Todo mundo tem maturidade. O DEM estará no bloco (de Baleia Rossi)”, garantiu.
O presidente do DEM na Bahia é ACM Neto, ex-prefeito de Salvador. Ele esteve com Lira nesta segunda para, de acordo com Maia, comunicar o apoio formal da legenda a Baleia.
Ao assegurar a vitória de Baleia, Rodrigo Maia garantiu que o emedebista deve chegar ao segundo turno após ser o candidato com mais votos no pleito inicial. Ele projetou alguns “desembarques” da campanha de Lira em prol do mineiro Fábio Ramalho (MDB-MG), candidato independente. Nos cálculos do presidente, Ramalho deve ser escolhido por cerca de 50 deputados.
Em entrevista coletiva na sede do Parlamento, em Brasília, Maia citou episódios como a recusa à vacina da Pfizer, as controvérsias em relação ao imunizante do Butantan e as diversas falas em prol de remédios sem eficácia comprovada.
“Não tenho dúvida nenhuma de que já tem crime. Pelo menos o ministro da Saúde já cometeu crime. Não tenho dúvida nenhuma. A irresponsabilidade dele de tratamento precoce, de não ter respondido à Pfizer, de não ter se aliado ao Butantan para acelerar a produção daquela vacina — e não apenas da Fiocruz. Tudo isso caracteriza crime. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já está investigando”, afirmou o deputado.
A carta em que a Pfizer pede celeridade ao governo brasileiro nas negociações por doses da vacina produzida em parceria com a BioNTech veio a público no último sábado (23). No mesmo dia, o procurador-geral da República, Augusto-Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Pazuello. Um dos tópicos citados por Aras é a crise humanitária, decorrente da ausência de oxigênio em hospitais, em Manaus (AM).
Ao comentar o imbróglio entre o Palácio do Planalto e a Pfizer, Rodrigo Maia defendeu a apuração dos fatos por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
"Não ter respondido à Pfizer, ter tratado de forma irrelevante o alerta da Pfizer, para mim, é crime. Só que os crimes precisam ser investigados. Por isso defendo que a Câmara possa avançar em uma CPI, e essa CPI possa esclarecer tudo, para que a gente possa ter argumentos para dizer de quem são as responsabilidades”, afirmou.
No Congresso Nacional, parlamentares têm recolhido assinaturas para a instalação de uma comissão mista que apure, na Câmara e no Senado, as ações da equipe de Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento ao novo coronavírus.
Para a abertura dos trabalhos, é preciso que haja o aval de 171 deputados e 27 senadores. Os números correspondem a um terço de cada uma das casas legislativas.
Maia critica postura de Lira e projeta crescimento de mineiro
Ainda nesta segunda, Maia comentou sobre a eleição que define, no próximo dia 1°, seu substituto no comando da Câmara para o biênio 2021-2022. Os favoritos à vitória são Arthur Lira (PP-AL), apoiado por Bolsonaro, e Baleia Rossi (MDB-SP), que tem a simpatia do atual presidente da Casa Legislativa.
Alguns deputados do DEM na Bahia, contudo, aderiram à candidatura de Lira. Apesar disso, Maia garantiu que Baleia deve ter entre 20 e 222 votos de parlamentares demistas.
“Esse jogo que a candidatura patrocinada pelo presidente da República faz é um jogo que nunca vi aqui na Câmara: trabalhar para criar conflitos internos nos partidos. Todo mundo tem maturidade. O DEM estará no bloco (de Baleia Rossi)”, garantiu.
O presidente do DEM na Bahia é ACM Neto, ex-prefeito de Salvador. Ele esteve com Lira nesta segunda para, de acordo com Maia, comunicar o apoio formal da legenda a Baleia.
Ao assegurar a vitória de Baleia, Rodrigo Maia garantiu que o emedebista deve chegar ao segundo turno após ser o candidato com mais votos no pleito inicial. Ele projetou alguns “desembarques” da campanha de Lira em prol do mineiro Fábio Ramalho (MDB-MG), candidato independente. Nos cálculos do presidente, Ramalho deve ser escolhido por cerca de 50 deputados.