O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a usar tom irônico para criticar o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que determinou o fechamento do comércio não-essencial da capital para diminuir a expansão do coronavírus. Em Brasília, ele falou em "ação irresponsável" ao falar sobre a medida adotada pelo chefe do Executivo da capital mineira.
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Não foi a primeira vez que Bolsonaro alfinetou Alexandre Kalil, que se colocou à disposição para disputar a eleição presidencial em 2022. Em dezembro, quando o prefeito sinalizou que restringiria as atividades na capital em virtude do aumento nas taxas de leito de UTI e enfermaria, o presidente da República disse que a responsabilidade pela crise seria de quem votou no candidato do PSD.
“Tem prefeitos novos assumindo agora em janeiro. A vacina não vai estar pronta em dezembro, então vai depender dos prefeitos. Você que reelegeu o prefeito da tua cidade, você conhecia a vida dele. Você conhecia o prefeito de Belo Horizonte? Que eu pedi voto para outro cara (Bruno Engler) e reelegeu o cara (Kalil)? Ele fechou tudo. Qual vai ser a atitude dele agora? Não sei. Mas vocês escolheram ele. Então se ele fechar, o problema é teu. Você não votou nele?”, disparou.
No começo deste mês, Bolsonaro novamente criticou Kalil, que havia acabado de determinar o retorno de BH para o funcionamento apenas dos serviços essenciais: “Quem é que roubou o emprego de vocês aqui? Fui eu? Eu fechei alguma coisa? Não fechei nada. Fecharam tudo, e agora estou vendo alguns prefeitos fechando novamente, como o de Belo Horizonte: “Ah, eu vou fechar os restaurantes, os bares…”. Fechando para quê?”, questionou o presidente.
O filho de Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também disparou contra Kalil depois da entrevista do prefeito ao Roda Viva, da TV Cultura, em dezembro. “Parabéns BH, pela reeleição deste belo projeto de ditador, ou melhor, prefeito”, escreveu no Twitter ao publicar um vídeo com um trecho da entrevista no qual Kalil menciona a declaração dele durante a coletiva de imprensa no último dia 25 em que falou sobre o aumento dos casos de COVID-19 na capital.