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Estado de Minas CONGRESSO

Parlamentares tentam emplacar CPI da Saúde na Câmara

Abertura de uma CPI depende da assinatura de 171 deputados; Maia é pressionado a liberar investigação contra governo por omissão na pandemia


30/01/2021 06:51 - atualizado 30/01/2021 07:49

Até essa quinta-feira, (28/01), a contabilidade indicava aproximadamente 100 assinatura a favor da CPI(foto: Câmara dos deputados/Divulgação)
Até essa quinta-feira, (28/01), a contabilidade indicava aproximadamente 100 assinatura a favor da CPI (foto: Câmara dos deputados/Divulgação)
Às vésperas das eleições no Congresso, parlamentares dos partidos de esquerda tentam conseguir apoio suficiente para tirar do papel a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. O mutirão é para que o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), possa autorizar a CPI na segunda-feira, 1º, dia da disputa que vai escolher a nova cúpula do Congresso, como último ato de sua gestão.


Com o agravamento de crises, uma CPI sempre é vista por políticos como o primeiro passo para impulsionar processos de impeachment e é justamente essa a ideia de aliados de Maia. A corrida para abrir uma comissão a fim de investigar as falhas do governo na condução da pandemia do coronavírus foi reforçada diante da possibilidades reduzida de andamento das investigações, caso os candidatos governistas sejam eleitos.

A abertura de uma CPI depende da assinatura de 171 deputados e de um despacho do presidente da Câmara reconhecendo o cumprimento de exigências regimentais. A oposição iniciou a coleta de apoios na tarde da de quarta-feira, 27. Os partidos de esquerda reúnem 129 deputados.


Até essa quinta-feira, (28/01), a contabilidade indicava aproximadamente 100 assinaturas, mas líderes das legendas apostavam na adesão de mais parlamentares. "Se conseguirmos as 171 assinaturas até domingo (amanhã), a CPI será deferida na segunda", disse o líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE).

Para o vice-líder do governo na Câmara, Evair Vieira (Progressistas-ES), não é possível falar em impeachment ou abertura de investigação no momento em que o País precisa se desvencilhar da crise. Na avaliação de Vieira, as ameaças de aliados de Maia e do candidato apoiado por ele na eleição, Baleia Rossi (MDB-SP), soam como "vingança". "Seria muito triste saber que a Câmara teve como presidente alguém com esse sentimento de vingança, de raiva."


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