Em seu primeiro discurso após assumir a presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a votação de reformas econômicas que dividem opiniões, como a tributária e a administrativa, deverão ser "enfrentadas com urgência, mas sem atropelos".
O senador foi eleito nesta segunda-feira, 1, novo presidente da Casa por um período de dois anos. Ele recebeu 57 votos contra 21 de sua principal adversária, a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
Durante seu discurso, ele se comprometeu a reunir líderes semanalmente para construção da pauta de votações, com vaga destinada à bancada feminina. Segundo ele, o ritmo das reformas importantes será sempre definido em conjunto com os líderes e com o plenário da Casa. "Por mais que eu me empenhe pessoalmente, os objetivos a que me comprometi só serão alcançados se puder contar com o apoio de vossas excelências, meus colegas, que fazem o Senado", disse.
Em seu discurso, Pacheco também fez um aceno aos partidos de oposição e prometeu pautar o projeto que cria liderança desses partidos no Senado, para "equilibrar forças do Plenário". Apesar de ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro, Pacheco contou com apoio do PT, da Rede Sustentabilidade e PDT, partidos que têm sido os responsáveis pelas principais ações que levaram o Supremo Tribunal Federal a impor derrotas e enquadrar o governo do presidente da República.
Ele também falou em avançar na pauta de combate à corrupção e de temas ligados à segurança pública, como propostas que dão mais capacidade ao Estado para enfrentar a criminalidade. Ainda disse que é necessário elaborar soluções para modernizar a indústria, o agronegócio e o setor de serviços. Ele destacou que para isso é necessário viabilizar uma infraestrutura nacional abrangente e que cabe ao Senado oferecer propostas para geração de empregos.