O deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) se elegeu, nesta segunda-feira (1º/2), como novo presidente da Câmara dos Deputados pelos próximos dois anos. O candidato, que é o preferido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), levou a melhor diante de Baleia Rossi (MDB-SP), parlamentar que era apoiado pelo agora ex-presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Arthur Lira teve 302 votos, contra 145 de Baleia Rossi. Em terceiro lugar ficou Fábio Ramalho (MDB-MG), com 21 votos. Ao todo, 504 deputados votaram.
Arthur Lira teve 302 votos, contra 145 de Baleia Rossi. Em terceiro lugar ficou Fábio Ramalho (MDB-MG), com 21 votos. Ao todo, 504 deputados votaram.
Além de Arthur Lira e Baleia Rossi, disputaram a presidência da Câmara: Marcel van Hattem (Novo-RS); General Peternelli (PSL-SP); André Janones (Avante-MG); Luiza Erundina (PSOL-SP) e Fábio Ramalho (MDB-MG). Momentos antes de a votação começar, Kim Kataguiri (DEM-SP) chegou a registrar candidatura, enquanto Alexandre Frota (PSDB-SP) desistiu do páreo para apoiar Baleia.
Lira ganhou a eleição para a presidência da Câmara sob forte apoio de Jair Bolsonaro, que passou a receber até oito deputados por dia para tratar da candidatura do parlamentar alagoano. O deputado do Progressistas, durante a campanha, viajou por todo o Brasil, inclusive para Belo Horizonte, onde se reuniu com o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
O Democratas desistiu de apoiar a candidatura do deputado Baleia Rossi à presidência da Câmara nas vésperas da eleição. Em reunião, a Executiva Nacional do partido optou por dar carta branca aos parlamentares decidirem em quem votar. Com isso, Rodrigo Maia saiu enfraquecido pelo próprio partido, já que Baleia Rossi era seu preferido para ocupar a cadeira.
Arthur César Pereira de Lira é natural de Maceió e está exercendo seu terceiro mandato como deputado federal por Alagoas. Antes, foi deputado estadual e vereador de Maceió. Na Câmara, ele já presidiu a Comissão de Constituição e Justiça e, atualmente, é líder do bloco denominado "Centrão". Lira também é advogado, agropecuarista e empresário.
Em seu primeiro discurso como presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira voltou a defender a coletividade em seu mandato, como já havia dito momentos antes da votação. Lira disse que nenhuma decisão partirá por conta própria e que os parlamentares o guiarão nos próximos dois anos.
“A presidência deve ter neutralidade. Deve ser equidistante. A cadeira giratória para que seu ocupante seja capaz de olhar para o centro, para a direita e para a esquerda. Tem de olhar e ouvir todos os lados. Ambas as tribunas (direita e esquerda) são do mesmo tamanho e devem ter o mesmo distanciamento e serem ouvidas com a mesma proximidade”, disse Lira.
O novo presidente da Câmara, durante o discurso, também defendeu a vacina contra a COVID-19 e pediu um minuto de silêncio para as vítimas do novo coronavírus no Brasil.
Lira também defendeu equilíbrio nas contas públicas e que o Brasil possui temas urgentes que exigem decisões imediatas, como as reformas. O deputado parabenizou o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) por ter vencido a eleição para a presidência do Senado Federal e disse que vai procurar o parlamentar para articular uma votação de uma pauta emergencial.
"Irei propor ao novo presidente do Senado, neste caso já eleito também, o senador Rodrigo Pacheco, de Minas Gerais, a quem parabenizo, uma ideia geral, que chamo de pauta emergencial, vejam bem, pauta emergencial, para encaminharmos os temas urgentes", concluiu.
Primeiro discurso
Em seu primeiro discurso como presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira voltou a defender a coletividade em seu mandato, como já havia dito momentos antes da votação. Lira disse que nenhuma decisão partirá por conta própria e que os parlamentares o guiarão nos próximos dois anos.
“A presidência deve ter neutralidade. Deve ser equidistante. A cadeira giratória para que seu ocupante seja capaz de olhar para o centro, para a direita e para a esquerda. Tem de olhar e ouvir todos os lados. Ambas as tribunas (direita e esquerda) são do mesmo tamanho e devem ter o mesmo distanciamento e serem ouvidas com a mesma proximidade”, disse Lira.
O novo presidente da Câmara, durante o discurso, também defendeu a vacina contra a COVID-19 e pediu um minuto de silêncio para as vítimas do novo coronavírus no Brasil.
Lira também defendeu equilíbrio nas contas públicas e que o Brasil possui temas urgentes que exigem decisões imediatas, como as reformas. O deputado parabenizou o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) por ter vencido a eleição para a presidência do Senado Federal e disse que vai procurar o parlamentar para articular uma votação de uma pauta emergencial.
"Irei propor ao novo presidente do Senado, neste caso já eleito também, o senador Rodrigo Pacheco, de Minas Gerais, a quem parabenizo, uma ideia geral, que chamo de pauta emergencial, vejam bem, pauta emergencial, para encaminharmos os temas urgentes", concluiu.
Tensão pré-eleição
No início da tarde, Rodrigo Maia e Arthur Lira foram protagonistas de um bate-boca quente, com direito a tapas na mesa e ofensas pessoais.
Tudo começou quando o PT alegou problemas técnicos para registrar apoio a Baleia Rossi e, por isso, teria perdido o prazo, que se encerrava às 12h. Diante das dificuldades, Maia convocou reunião de líderes para permitir o registro do bloco. Alguns líderes do bloco de Baleia relembraram que o mesmo problema técnico teria ocorrido há dois anos e impediu o PDT de ficar com cargos na Mesa Diretora.
A decisão final sobre reconhecer o registro do bloco cabia apenas a Maia, como presidente da Casa. A reunião já começou tensa, com Maia e Lira gritando um com o outro. Lira disse ter consultado o diretor técnico da Casa, que teria informado não haver problema nenhum no sistema e que todos os outros partidos conseguiram fazer o registro no prazo - Rede, PV, PCdoB, Cidadania, PDT, MDB, PSDB, Solidariedade e PSB.
"É só uma questão de coerência temporal. Todos cumpriram o prazo, menos o PT", disse Lira, segundo parlamentares presentes à reunião. Diante dos protestos de Lira, Maia respondeu: "Eu sou presidente da Câmara hoje. Eu decido. Amanhã você pode decidir".
Irritado, Lira bateu a mão na mesa. "Vossa excelência está atropelando", disse ele. Maia cobrou respeito: "Você não está em Alagoas, não bata na mesa". Lira, por sua vez, manteve o tom: "E você não está no morro do Rio de Janeiro".
Ao fim da discussão, o bloco de Baleia Rossi conseguiu fazer o registro com dez partidos, incluindo PT, que alegou problemas técnicos, além do PSDB e do Solidariedade, que cogitaram ficar neutros na disputa.
Arthur Lira (PP-AL): 302 votos
Baleia Rossi (MDB-SP): 145 votos
Fábio Ramalho (MDB-MG): 21 votos
Luiza Erundina (PSOL-SP): 16 votos
Marcel Van Hattem (Novo-RS): 13 votos
André Janones (Avante-MG): 3 votos
Kim Kataguiri (DEM-SP): 2 votos
General Peternelli (PSL-SP): 1 voto
Em branco: 2 votos
Placar da votação da Câmara
Arthur Lira (PP-AL): 302 votos
Baleia Rossi (MDB-SP): 145 votos
Fábio Ramalho (MDB-MG): 21 votos
Luiza Erundina (PSOL-SP): 16 votos
Marcel Van Hattem (Novo-RS): 13 votos
André Janones (Avante-MG): 3 votos
Kim Kataguiri (DEM-SP): 2 votos
General Peternelli (PSL-SP): 1 voto
Em branco: 2 votos