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Estado de Minas TRATAMENTO PRECOCE

Bolsonaro volta a defender cloroquina para COVID-19: 'Deixa de ser otário'

Ao lado do presidente da Anvisa, líder do Palácio do Planalto voltou a incentivar 'tratamento precoce', mesmo sem eficácia comprovada cientificamente


04/02/2021 21:17 - atualizado 04/02/2021 21:37

Bolsonaro voltou a sair em defesa da cloroquina, mesmo sem comprovação científica contra a COVID-19(foto: Reprodução de internet)
Bolsonaro voltou a sair em defesa da cloroquina, mesmo sem comprovação científica contra a COVID-19 (foto: Reprodução de internet)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o uso de medicamentos não comprovados cientificamente, como a cloroquina, para tratar a COVID-19. Em transmissão ao vivo nesta quinta-feira (4/2), Bolsonaro, ao lado do diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disparou contra quem critica o uso das substâncias.

Um dos alvos das críticas de Bolsonaro foi seu ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que é contra o “tratamento precoce” contra a COVID-19. O presidente chamou Mandetta de “garoto propaganda da Globo”, e voltou a falar que mais de 200 pessoas em seu prédio utilizaram remédios sem eficácia e se curaram do novo coronavírus.

“No meu prédio mais de 200 pessoas pegaram COVID. Não sei se a maioria ou minorias, mas lá falava-se do tratamento e ninguém foi para o hospital. Para quê correr esse risco? Deixa de ser otário. Estamos vivendo um momento de crise. São vidas que estão em jogo. Pode ser que lá na frente falem que a chance é zero, que é placebo. Tudo bem. Paciência, me desculpem, tchau. Mas pelo menos não matei ninguém”, disparou Bolsonaro.

Pode ser que lá na frente falem que a chance é zero, que é placebo. Tudo bem. Paciência, me desculpem, tchau. Mas pelo menos não matei ninguém

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil



O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, destacou que o tratamento off-label (fora da bula) é de responsabilidade dos médicos e dos pacientes, mas ressaltou que o assunto não é competência da agência.

Enquanto isso, Bolsonaro seguiu promovendo a cloroquina.

“Se não faz mal, o médico falou para você que não está previsto esse mal que você tem naquela bula. Não provoca arritmia, por quê não tomar?”, concluiu.



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