Após mais de 5 horas, terminou na tarde dessa quinta-feira (4/2) o depoimento do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à Polícia Federal, em Brasília. Ele falou diretamente de um hotel de trânsito, dentro do Setor Militar Urbano, já que tem foro privilegiado e ainda é oficial na ativa do Exército.
De acordo com o Ministério da Saúde, o titular da pasta “detalhou todas as ações realizadas e as que estão em andamento no Amazonas para atender a população e combater a covid-19”.
De acordo com o Ministério da Saúde, o titular da pasta “detalhou todas as ações realizadas e as que estão em andamento no Amazonas para atender a população e combater a covid-19”.
O ministro está sendo investigado por possível conduta omissa na crise da falta de oxigênio em Manaus no mês passado e pela conduta durante a pandemia que contraria a recomendação das autoridades de saúde.
A abertura de inquérito foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, após pedido da Procuradoria Geral da República. A investigação corre sob sigilo.
Além da falta de oxigênio, Pazuello é alvo da PF por recomendar o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra o coronavírus, como cloroquina, hidroxicloroquina e invermictina. o tratamento precoce também tem sido defendido insistentemente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O governo federal foi avisado com antecedência pela empresa White Martins de que os níveis do gás no Amazonas estavam baixos, enquanto a demanda estava subindo.
Pazuello lançou no Amazonas o TrateCOV, aplicativo para médicos que, em tese, ajuda no diagnóstico da COVID-19, mas indica o tratamento precoce.
O ministro também é investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou que não há amparo legal no uso de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) na compra de medicamentos à base de cloroquina para o tratamento da COVID-19.