O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu nessa quinta-feira (4) uma investigação preliminar para apurar a conduta do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a gestão da crise sanitária provocada pela COVID-19 no Amazonas e no Pará.
A medida é uma resposta a uma notícia-crime apresentada pelo PCdoB no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual revela a existência de "fortes indícios" de prevaricação dos dois políticos no colapso da Saúde em Manaus e em municípios do Pará.
A investigação ainda vai apurar o crime de incentivar o uso de medicamentos sem a devida comprovação científica, como a hidroxicloroquina, para o tratamento contra o novo coronavírus Sars-CoV-2.
Segundo os deputados do partido, Pazuello e Bolsonaro devem ser responsabilizados pela atuação na pandemia - o ministro da Saúde, "em razão de inércia"; o presidente, "por postura isentiva e descompromissada em relação às políticas de combate ao novo coronavírus no âmbito do Sistema Único de Saúde".
Depoimento
Nessa quinta (4/2), Pazuello começou a prestar depoimento à Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que investiga a conduta dele em relação à crise sanitária no Amazonas.
A ação foi aberta por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.
Pazuello é acusado de ter recebido informações sobre um possível colapso do sistema de saúde na capital do Amazonas em dezembro, mas só enviou representantes ao estado em janeiro deste ano.
(ANSA)