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Estado de Minas VEJA

Vídeo resgata promessa de Bolsonaro de que não negociaria cargos

O trecho que está circulando é de uma transmissão ao vivo que Bolsonaro fez na véspera do segundo turno em 27 de outubro de 2018


09/02/2021 19:07 - atualizado 09/02/2021 20:38

(foto: Reprodução )
(foto: Reprodução )
Um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro diz que não vai negociar cargos com partidos políticos para manter a governabilidade no Congresso e definir a prática como crime de responsabilidade voltou a circular nas mídias sociais após as vitórias de Arthur Lira (Progressistas-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para presidir, respectivamente, a Câmara e o Senado. 

Foram identificados compartilhamentos pelo menos no Facebook e no Instagram. O trecho que está circulando é de uma transmissão ao vivo que Bolsonaro fez na véspera do segundo turno das atualizações presidenciais de 2018, em 27 de outubro daquele ano.
Como revelou o Estadão, o Palácio do Planalto interferiu diretamente na corrida pelas presidências da Câmara e do Senado. Ex-líder do Centrão, Lira foi eleito presidente da Câmara com ampla vantagem sobre o rival, Baleia Rossi (MDB-SP), assim como Pacheco venceu a disputa com a emedebista Simone Tebet.

"Qualquer presidente que distribua ministérios, Estado ou diretorias de banco para conseguir apoio dentro do parlamento está infringindo o artigo 85 inciso 2 da Constituição ", argumentou o candidato à presidência no trecho que circula nas redes sociais, extraído entre os minutos 4 e 7 faça original. "O que fiz durante uma campanha dizendo que não aceitaia o 'toma lá dá cá', fiz baseado na Constitutição", afirmou Bolsonaro.

Como revelou o Estadão , o governo interferiu na disputa do Congresso ao liberar, no fim de dezembro, R $ 3 bilhões em recursos “extras” do Ministério do Desenvolvimento Regional para 250 deputados e 35 senadores destinarem a obras em seus redutos eleitorais. Também foi recorde, este ano, uma liberação de emendas parlamentares.

Encerrada a corrida no Congresso, partidos do Centrão aumentaram a pressão para obter cargas no Banco do Brasil e Casa da Moeda e também como massas da Saúde, de Minas e Energia, Cidadania e Desenvolvimento Regional.

Em maio do ano passado, após o presidente participar de atos antidemocráticos contra o Congresso e o STF, o vídeo já teve um outro ciclo de repostagens. Naquele momento, conforme mostrado o Estadão , o Planalto iniciava um loteamento de cargas do governo federal com nomes indicados pelo Centrão . Outra gravação compartilhada naquela ocasião e resgatada agora por opositores do presidente foi uma declaração do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, cantando "se gritar pega centrão, não fica um meu irmão" , substituindo a palavra "ladrão" , da letra original, pelo nome dado ao bloco partidário.

O ministro Luiz Eduardo Ramos , da Secretaria de Governo, reage nesta segunda-feira, dia 8, a críticas generalizadas sobre a aliança do presidente Jair Bolsonaro com o Centrão .


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