Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

Ex-advogado de Flávio Bolsonaro, Wassef é indiciado por injúria racial

 
O advogado Frederick Wassef, que trabalhou com a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até o ano passado, foi indiciado nesta terça-feira (9/2) pela Polícia Civil do Distrito Federal por injúria racial contra uma funcionária de uma pizzaria em Brasília




 
 
O episódio ocorreu em novembro, quando a funcionária teria relatado à polícia ter sido chamada de “macaca”. Segundo o depoimento da jovem, o advogado teria afirmado aos gritos: "Você é uma macaca! Você come o que te derem".

Ela disse ainda que Wassef é um cliente assíduo da pizzaria, mas é “uma pessoa arrogante e que maltrata os funcionários”. Ela alegou ainda que foi humilhada por ele em outras oportunidades.
 
As investigações terminaram na semana passada. O advogado foi intimado a depor durante a apuração, mas a defesa alegou que ele estava em São Paulo, e por isso, não compareceu. 
 
Pouco depois do episódio, ele prestou queixa contra a funcionária, por denunciação caluniosa. “Sou vítima de denunciação caluniosa que foi organizada sob orientação de terceiros, visando futura ação indenizatória para ganhar dinheiro através desta fraude arquitetada”, alegou o advogado, por meio de sua assessoria. 





No entanto, outras quatro testemunhas prestaram depoimento e ajudaram a solucionar o caso. A Polícia Civil também usou imagens de câmeras de segurança da pizzaria. Agora, o Ministério Público do DF (MPDFT) analisará o indiciamento e decidirá se apresenta denúncia à Justiça. 

Relação com Bolsonaro 

Frederick Wassef defendeu o senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na acusação de envolvimento numa acusação de esquema organização criminosa na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Bolsonaro, também é citado na acusação.

O advogado atuou no caso da facada em Jair Bolsonaro, dada por Adélio Bispo de Oliveira em 2018, em Juiz de Fora. No entanto, o nome de Wassef não aparece no processo movido pelo presidente. 

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