A Justiça Federal do Distrito Federal rejeitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra a militante extremista de direita Sara Giomini, conhecida como Sara Winter. Ela era acusada pelos ataques feitos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em decisão publicada na segunda-feira, a Justiça rejeitou parte da acusação formal sob o argumento de que crimes contra a honra não são mais compatíveis com a Constituição Federal de 1988.
Apesar de rejeitar a denúncia, o juiz Francisco Codevilla, da 15ª Vara Federal Criminal do DF, no entanto, determinou que o MP proponha um acordo para a extremista diante da acusação de ameaça.
Sara Winter x Alexandre de Moraes
O Ministério Público denunciou Sara, em julho de 2020, por injúria e ameaça contra o ministro. Na denúncia, foi anexado às ofensas e ataques da extremista publicadas nas redes sociais.
Em uma das publicações, em vídeo, Sara afirma que vai "infernizar" a vida de Moraes e descobrir os lugares que ele frequenta, até ele "sair do jogo".
"Isso não é uma ameaça, não. É uma constatação. O senhor não vai continuar no poder. O senhor vai sair. Por bem, por mal. Quando eu digo mal, algo que se chama coerção civil."
"Isso não é uma ameaça, não. É uma constatação. O senhor não vai continuar no poder. O senhor vai sair. Por bem, por mal. Quando eu digo mal, algo que se chama coerção civil."
Sara Winter
Famosa pelas postagens em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Sara Winter é youtuber. A jovem de 27 anos se rotula como “ex-feminista”.
A extremista chegou até mesmo a ser candidata a deputada federal do Rio de Janeiro, mas não conseguiu se eleger no pleito de 2018.
A extremista chegou até mesmo a ser candidata a deputada federal do Rio de Janeiro, mas não conseguiu se eleger no pleito de 2018.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.