Por unanimidade, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou a denúncia contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que se tornou réu por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
Witzel está afastado pelo STJ desde agosto do ano passado, pelo prazo de 180 dias, que venceria em fevereiro. Para manter o afastamento, o Ministério Público Federal (MPF) pediu para que ele continue fora do cargo por mais um ano, o que foi acatado pelos ministros.
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Outros processos
Witzel também está afastado pelo Tribunal Especial Misto, no âmbito do processo de impeachment que foi aberto pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no ano passado.
Em dezembro do ano passado, o tribunal suspendeu os prazos para o julgamento, que terminaria em maio, após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Ele determinou a suspensão do depoimento do governador afastado até que a defesa tivesse acesso a todos os documentos dos processo, dentre eles a delação premiada do ex-secretário de Saúde Edmar Santos.
Witzel foi denunciado pelo MPF no âmbito da Operação Tris in Idem, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Segundo denúncia, o governador teria recebido por meio do escritório da sua mulher, Helena Witzel, R$ 554,2 mil em propina em esquema de corrupção na área da Saúde.