O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu nesta quinta-feira (11/2) que o estágio da contaminação do coronavírus no Amazonas supera o de todos os demais estados do Brasil. Ele também reconheceu que “o estado não estava preparado” para o colapso no sistema de saúde, culminando na morte de pacientes por falta de oxigênio.
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“O aumento previsível vinha também pela sazonalidade do ano: nós estamos no meio do inverno do Norte, que é a chuva, e o momento da chuva no Norte aumenta as doenças pulmonares. Então, esperava-se que houvesse um novo aumento dessa contaminação neste momento, e nós estávamos preparados para isso, mas não para o tamanho do impacto e da curva que aconteceu. Ninguém estava”, argumentou o ministro.
Na última semana, Pazuello prestou depoimento à Polícia Federal em inquérito no qual é investigado sobre a crise sanitária no Amazonas. O ministro também é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suposta omissão na condução da pandemia no país, além de indicar medicamentos que não foram autorizados pelos médicos, como cloroquina e ivermectina.
Diferentemente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Pazuello defendeu nesta quinta-feira a adoção do distanciamento social para se prevenir da doença.
"Fica aqui a estratégia final: medidas preventivas, uso de máscara, temos que manter a estratégia de afastamento social, como está no Senado. Tem que manter os cuidados que estão sendo preparados para isso”, disse.