O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (12/2) que pediu acesso às mensagens trocadas entre integrantes da Operação Lava-Jato, obtidas por hackers e apreendidas na Operação Spoofing, da Polícia Federal. Segundo o chefe do Executivo, ele foi citado nos diálogos, a exemplo do ex-presidente Lula, e quer divulgá-los. A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
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"Aquele advogado que advogava para mim, o TRF-1 arquivou o processo dele e mandou a Polícia Federal investigar o Coaf. Eu chego para os caras do Coaf, os caras, não, quem manda lá em cima (e digo): “Você fez um levantamento do perfil dessas pessoas que estão aqui? Está tudo certo?” Não quero falar muita coisa aqui. Porque algumas pessoas lá dentro fazem a coisa errada. Se não fizessem, o TRF-1 não teria anulado o processo contra aquele advogado", alegou o presidente.
Decreto de armas
Bolsonaro relatou ainda que deverá publicar ainda hoje "três ou quatro" decretos sobre armas e CAC's (Caçadores, Atiradores e Colecionadores). Ele ainda citou também um decreto para Airsoft.
"O pessoal fala: tem que desarmar o vagabundo. É impossível desarmar esses caras. Agora o pessoal de bem, pra ter uma arma é uma dificuldade. Hoje, é decreto. Eu fiz tudo o que a lei permitia. Por exemplo: até a questão do Airsoft. Era produto controlado, quer dizer, ainda é, produto controlado pelo Exército. A partir de publicação no DO (Diário Oficial) de hoje ou amanhã não vai ser mais. Vocês podem não dar valor a isso, mas tem gente que dá. Pode levar teu filho numa casa de treinamento disso aí. É uma bolinha que vai explodir uma tinta nele", relatou.
Ele disse que atirou pela primeira vez aos oito anos e ironizou que crianças de 12 seguram fuzil em favelas do Rio. "Qual o problema? Eu atirei quando tinha acho que oito, nove anos de idade. Vão falar que estou estimulando a violência. Você vai em certas comunidades do Rio, tá um moleque de 12 anos com um fuzil maior do que ele."