Movimentos sociais de Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, vão realizar, neste domingo (21/2), a segunda carreata intitulada #forabolsonaro. A mobilização tem como bandeira a defesa pela vacinação contra a COVID-19, a retomada do auxílio emergencial e o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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Em um manifesto publicado nas redes sociais, a Frente Brasil Popular (FBP), um dos organizadores, e outras nove entidades criticam a postura do governo federal diante da pandemia do novo coronavírus. “Esta situação dramática é fruto do negacionismo instalado no Palácio do Planalto. Bolsonaro nunca reconheceu a gravidade da atual pandemia”, declararam.
Elas acusam o governo de não assegurar uma política de aquisição diversificada de vacinas e insumos. “Desde o primeiro momento, desdenha da ciência, mostra-se contrário as regras de proteção como o isolamento social e o uso de máscara e incita à população a não obedecer a estas regras. Além disso, incentiva o uso de medicamentos sem comprovação científica para o tratamento da doença”, afirmaram.
Segundo o manifesto, a carreata é uma forma de enfrentamento ao que chamou de “desgoverno”. No final de janeiro, o protesto reuniu cerca de 200 carros. Os manifestantes percorreram as principais ruas da cidade, passando pelo centro e bairro São José.
Assinam o documento a FBP, o Sindicato dos Bancários de Divinópolis e Região, Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro/MG), Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Coletivo para Todos, Coletivo Socialista em Construção, Juventude Nacional do Partido dos Trabalhadores (JPT), União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE/MG), PCdoB e PT.
Impeachment
Ao todo, 1.432 pessoas e 476 organizações assinaram pedidos de impeachment do presidente, segundo a Publica, agência de jornalismo investigativo. Foram enviados 70 documentos ao presidente da Câmara dos Deputados, sendo 56 pedidos originais, cinco aditamentos e nove pedidos duplicados. Até agora, apenas cinco foram arquivados ou desconsiderados. Os outros 65 aguardam análise.
*Amanda Quintiliano especial para o EM