O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não comentou nada a respeito da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) na transmissão ao vivo desta quinta-feira (18/2), pelas redes sociais. O parlamentar foi preso nessa terça-feira (16/02), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), após divulgar vídeo com ataques aos ministros e dizendo que os imaginava sendo agredidos na rua.
Silveira é um dos apoiadores do presidente na Câmara. Sua prisão em flagrante delito foi consumada em sua casa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
A Polícia Federal concluiu a operação por cerca de uma hora, tempo suficiente para que ele gravasse um vídeo e o postasse nas redes sociais: “Nesse momento, às 23h19, a Polícia Federal aqui na minha casa, estão ali na minha sala”.
De acordo com a denúncia do STF, os comportamentos do deputado bolsonarista configuram crimes de coação (344 do Código Penal) e o previsto nos artigos 18 e 23 (inciso II e IV) da Lei de Segurança Nacional. Esses dois últimos preveem, respectivamente, pena de 1 a 4 anos por incitar "à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições" e "à prática de qualquer dos crimes previstos" na lei; e pena de prisão de 2 a 6 anos por "tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados".
Temas
Na live desta quinta-feira, Bolsonaro dedicou bom tempo para falar sobre a alta dos preços dos combustíveis praticados pela Petrobrás. O governo anunciou que vai zerar o imposto federal do gás de cozinha permanentemente e do diesel nos próximos dois meses - a partir de 1º de março.