Em resposta ao voto da relatora do caso Daniel Silveira, deputada federal Magda Mofatto (PL-GO), o parlamentar voltou a se desculpar com o Brasil. “Respeito a relatoria, mas discordo. Não estou aqui para ser demagogo e hipócrita. Já pedi desculpas.”, declarou.
Daniel afirmou que nada "justifica suas falas" mas fez uma súplica para que os deputados não relativizem a imunidade parlamentar. “Faço um apelo, uma súplica aliás, não relativizam a imunidade parlamentar. A relativização dessa imunidade por ter consequências gravíssimas. Hoje o deputado Daniel Silveira está preso. Errou? assumiu o erro. Quer seguir lutando? Siga lutando”, discursa. “Aconteceu comigo. Pode acontecer com vocês”, completa.
Durante discurso de resposta,“Nenhuma autoridade está imune a críticas. Seja ela o presidente da República, integrantes do Legislativo, do Supremo ou do Ministério Público”, disse a deputada. “Mas temos entre nós um deputado que vive a atacar a democracia e instituições e faz do seu mandato uma plataforma para atacar e incitar violência contra autoridades públicas”.
Silveira foi preso na noite de terça-feira (16/02), por ordem de Moraes, por fazer ameaças a ministros do STF e ao Estado Democrático de Direito. Em nota, a assessoria jurídica do deputado disse que a prisão seria um ataque à "liberdade de expressão".
Na quarta-feira (17/02), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram a favor da manutenção da prisão do deputado. De forma unânime, os ministros apoiaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Agora, como manda a lei, a Câmara vota se mantém ou derruba a prisão, por se tratar da prisão em flagrante de um deputado.