Uma carreata a favor da ampliação e aceleração das vacinações, da retomada do auxílio emergencial e da saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) do poder ocoreu na tarde deste sábado (20/02), em Belo Horizonte. É a terceira vez que sindicatos, entidades e movimentos sociais se unem para protestar em 2021 contra a atuação do presidente na condução da crise causada pela pandemia de COVID-19.
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COVID-19: decreto fecha lojas, salões de beleza e academias em AraguariMinas registra quase 10 mil casos de COVID-19 e 152 mortes nas últimas 24hManifestantes fazem ato contra Bolsonaro no Distrito Federal; veja o vídeoDamares Alves anuncia para março Plano de Enfrentamento ao FeminicídioMinas Gerais ultrapassa 840 mil casos de COVID-19A Polícia Militar e a BHtrans acompanharam o protesto, que teve início na Praça da Estação, e após um retorno na Av. Antônio Carlos, seguiu para a Praça da Bandeira, na região Centro-Sul da capital, tendo se dispersado na Praça da Rodoviária. Um caminhão de porte pequeno puxava a carreata com manifestantes no alto falante direcionando palavras de ordem aos moradores e aos outros carros que passavam no entorno.
Mesmo o protesto sendo pacífico, ativistas reclamaram de uma opressão descabida de alguns agentes da Polícia Militar. Marisa Barbato, uma das organizadoras da carreata, acusou um policial de ameaçar multá-la por falta de cinto mesmo ela estando com o equipamento de segurança. “Na hora de reclamar, de mostrar pra ele (policial) que eu estava usando o cinto, ele disse que eu estava desacatando ele”, reclamou Barbato.
Manifesto Pela Vida
Segundo o gestor de comunicação Dado Rodrigues, um dos organizadores do protesto, o Manifesto Pela Vida (MPV) é uma articulação entre as mais diversas organizações progressistas e a sociedade civil não organizada com o intuito de se manifestar constantemente para mudar os rumos da política brasileira e, principalmente, mineira.
“O MPV surgiu após o crime de desabastecimento de oxigênio em Manaus (AM). Foi um momento muito triste da história do país que revoltou uma grande quantidade de pessoas. Estamos organizando toda a esquerda, centro-esquerda, os movimentos progressistas, movimentos sociais e a sociedade civil não organizada para tomar as ruas e dar um basta nisso, ninguém aguenta mais.”, afirmou o gestor. Ainda segundo Rodrigues, é inaceitável que o governo priorize armas invés de vacinas principalmente durante a pandemia de COVID-19.