O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou, nesta quarta-feira (24/02), que o 'Brasil é o país do presente'. Segundo o filho 03 do presidente da República, "Aquele que diziam (sic) que não teria governabilidade está tirando do papel o Brasil tão sonhado por décadas. O Brasil não é mais o país do futuro, é o país do presente."
Aquele que diziam que não teria governabilidade está tirando do papel o Brasil tão sonhado por décadas. O Brasil não é mais o país do futuro, é o país do presente. https://t.co/WI4ru7kq8J
— Eduardo Bolsonaro%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 (@BolsonaroSP) February 24, 2021
Eduardo Bolsonaro comentou um post do pai sobre a sanção da lei que dá autonomia ao Banco Central.
No evento de sanção da proposta de autonomia do Banco Central, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 24, que a assinatura da lei não foi uma resposta ao "caso Petrobras". O chefe do Executivo negou novamente ter interferido na estatal ao indicar o general Joaquim Silva e Luna para a presidência da empresa na última sexta-feira, 19.
"Minha querida imprensa, isso não é resposta ao caso Petrobras, não, até porque isso já vinha sendo trabalhado há muito, bem como o projeto sobre os Correios, bem como a MP (medida provisória) de ontem sobre o sistema elétrico", disse. Em seguida, o presidente comentou sua escolha por substituir o atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
"Eu não interferi (na Petrobras), querida imprensa. O prazo de validade do senhor Castello Branco, que fez uma boa gestão na Petrobras, termina agora dia 20 (de março). Simplesmente resolvi substituí-lo", afirmou. Bolsonaro justificou a mudança dizendo que o atual presidente da companhia "é uma pessoa que está bastante cansada e que tem certa idade".
"Com toda certeza (Castello Branco) poderá ajudar remotamente a transição do novo presidente da Petrobras", afirmou. Em declarações recentes, Bolsonaro chegou a criticar o fato de Castello Branco estar trabalhando de casa, em regime de home office, por conta da pandemia.
Na cerimônia desta quarta, Bolsonaro também disse ser preciso "dividir o poder" ao comentar a desvinculação do Banco Central do Ministério da Economia com a sanção da autonomia do banco. O presidente disse que "abrir mão de poder é sinal de grandeza e acima de tudo de democracia".
"Nós devemos dividir poder, sim", declarou. "A responsabilidade por muitas vezes é nossa, é exclusiva, é privativa, mas se nós podemos abrir mão de pessoas que nós confiamos para levar para o outro lado o destino de um País, como no caso da Economia, entendo que nós devemos agir dessa maneira", disse.
No discurso de hoje, Bolsonaro também fez mais um aceno ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ao dizer que o chefe da economia é a "âncora do governo". "Nós precisamos um do outro. Ele precisa demonstrar para o mercado e para a população que tem responsabilidade fiscal", comentou.
Sobre a sanção da lei de autonomia do Banco Central, Bolsonaro destacou que essa era um debate antigo e que a proposta só não foi aprovada antes em seu governo porque "outras pautas mais importantes apareceram", incluindo as demandas da pandemia da covid-19. O chefe do Executivo disse ter sancionado o projeto por confiar na "capacidade e honestidade" de Roberto Campos Neto atual presidente do banco.
"Se o Banco Central nasceu com Castelo Branco agora se imortalizou com Jair Bolsonaro", disse, em referência a criação do banco durante o governo de Humberto Castelo Branco. O projeto de autonomia do banco sancionado hoje define os objetivos do BC e estabelece mandatos fixos para o presidente e os oito diretores da autarquia, em períodos não coincidentes. A ideia de fixar mandatos por quatro anos, renováveis por igual período, visa blindar o banco de influências políticas.
Nesta quarta-feira, o Brasil chegou à marca de 250 mil mortos pelo novo coronavírus. Com poucas doses de vacinas contra a COVID-19, o país tem um longo caminho pela frente no que se refere à imunização.
Com informações de Estadão Conteúdo