Jornal Estado de Minas

MINAS GERAIS

Pimentel integra cúpula do PT que se encontrou com Kalil; veja os nomes

Ex-prefeito de Belo Horizonte, ex-ministro e ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) compareceu à reunião entre Alexandre Kalil (PSD), atual chefe do Executivo da capital mineira, Fernando Haddad (PT), candidato derrotado à Presidência da República em 2018, e outros membros do PT na tarde desta quinta-feira (25/02), em BH. Desde que perdeu a disputa estadual de 2018 e não se reelegeu como governador mineiro, Pimentel tem evitado holofotes e aparições públicas.





Além de Pimentel e Haddad, estiveram presentes: Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada federal e presidente nacional do partido; Cristiano Silveira (PT), deputado estadual mineiro e presidente estadual da legenda; Reginaldo Lopes (PT-MG), deputado federal; Virgílio Guimarães (PT), deputado estadual mineiro; e Luiz Dulci (PT), secretário-geral da Presidência da República entre 2003 e 2011.

A presença de Pimentel no encontro chamou a atenção. Ele foi o primeiro petista a chegar na reunião e, ao fim do encontro, deixou a prefeitura sem participar da entrevista coletiva com os demais correligionários. A participação pública mais recente aconteceu nas eleições municipais de 2020. Pimentel apoiou Nilmário Miranda (PT) na disputa pela Prefeitura de BH, vencida por Kalil.

Pimentel também convive com investigações que apuram irregularidades recentes por parte do petista. Uma delas, que gerou um inquérito da Polícia Civil de Minas Gerais (que também investiga José Afonso Bicalho, ex-secretário de Fazenda), diz respeito a supostos crimes como peculato e desvio enquanto era governador. O prejuízo financeiro seria de quase R$ 1 bilhão, segundo a corporação. Pimentel diz desconhecer a motivação do inquérito.





Pimentel foi prefeito de BH entre 2001 e 2008. De 2011 a 2014, assumiu o posto de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O último cargo como agente político foi entre 2015 e 2018, como governador de Minas.

Haddad em campanha?


A passagem de dois dias por Minas Gerais foi a primeira de uma série de viagens a serem feitas por Haddad e pela cúpula do PT. Ele é cotado para disputar a presidência novamente em 2022, foi prefeito de São Paulo de 2013 a 2016 e, entre 2005 e 2012, chefiou o Ministério da Educação. Apesar dos encontros planejados, o paulistano nega que esteja pensando nas eleições do ano que vem.

“Estamos iniciando por Minas um périplo pelo Brasil para discutir ideias para tirar o país da crise. O país está em crise sanitária, econômica. É muito sério. Kalil é uma voz importante no estado de Minas, portanto vamos visitar, em todos os estados, as lideranças que, de certa maneira, expressam desconforto com o que está acontecendo. Entregamos em mãos um livro impresso do nosso plano de reconstrução e transformação do Brasil, documento elaborado por mais de 500 especialistas ao longo de quase seis meses de trabalho, com várias ideias sobre todos os assuntos, da educação ao meio ambiente, da economia a relações exteriores. Tudo está como uma contribuição do PT para os partidos que, de certa maneira, se colocam como alternativa ao governo federal atual”, disse Haddad, em entrevista coletiva na prefeitura da capital mineira.




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