Enquanto os números da COVID-19 continuam a subir no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar medidas restritivas tomadas por governadores e prefeitos. No pior momento da pandemia de COVID-19 no país, localidades têm enfrentado a falta de leitos de terapia intensiva. Neste domingo (28/02), contudo, o chefe do poder Executivo nacional disse que a ausência de vagas de UTI sempre foi um dos problemas da saúde.
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COVID-19: Taxa de ocupação de UTIs está em colapso em 17 estadosNo pior momento da pandemia, Bolsonaro compartilha vídeo contra lockdownSob pressão, Planalto precisa de mais medidas anticrise na economiaBolsonaro se reúne com Lira, Pacheco e Guedes para discutir sobre auxílio Marina Silva se vê longe da disputa em 2022 e sugere frente pró-CiroPara justificar a posição, Bolsonaro compartilhou uma reportagem de 3 de março 2015, feita pela "Rede Globo", em que pacientes de diversas regiões do país relatam preocupação com a ausência de vagas de alta complexidade.
Colapso em 17 estados
O novo coronavírus faz com que a taxa de ocupação das UTIs para adultos destinadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) esteja acima de 80% em 17 estados, o que configura estado crítico, segundo o comitê Observatório COVID-19, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em nove unidades da federação, os níveis de ocupação já ultrapassam os 90%. No acre, o índice ultrapassa os 97%; no Distrito Federal, beira 95%.
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), endureceu as medidas restritivas nas redondezas de Brasília. A atitude gerou insatisfação de Bolsonaro, que usou a internet para dizer, nas primeiras horas deste domingo, que “o povo quer trabalhar”.